quinta-feira, 8 de março de 2012

JAPÃO : O IMPÉRIO DO SOL

ANTECEDENTES DA ERA MEIJI



-O Japão é herdeiro de uma civilização que remonta ao século VII a.C.

-Na segunda metade do século XIX, o Japão abre os portos ao comércio externo.Sua história medieval mistura uma constante luta entre o poder local, de grandes proprietários rurais e o poder central, dos imperadores.

-No século XII surgiu no Japão o "xogunato". O título Xogum foi dado aos comandantes militares que foram responsáveis por derrotar os povos do norte que tentaram invadir o Império desde o século VII.O primeiro xogunato foi  o de Minamoto Yoritomo, que em 1185 impos a hegemonia militar a todo o país, até 1333. O segundo xogunato existiu entre 1338 e 1573, e o último xogunato foi estabelecido em 1603 e permaneceu até 1868.


-As inúmeras  disputas políticas  criaram espaço para grandes revoltas camponesas, dada a pobreza e a opressão na qual vivia a maioria da sociedade.

-A partir de 1853 e 1854 o Japão sofreu as primeiras ameaças dos ocidentais, quando o comodoro Matthew Perry, no sentido de abrir os seus portos ao comércio ocidental atacou portos japoneses, forçando o Japão a assinar em 1854 do Tratado de Kanazawa

DA ERA MEIJI ATÉ A ERA SHOWA

-Era Meiji: período do imperador Mutsuhito(1868/1912)- modernização do país / financiada em boa parte pelso Zaibatsus(grupos familiares que deram origem a empresas diversificadas que ajudaram o país a entrar em sua primeira revolução industrialna na era de Meiji.)
Imperador Mutsuhito (Meiji)
 
Imperador Mutsuhito(Meiji)

-Imperialismo japonês: com o seu crescimento econômico, o país passa a buscar novos territórios, para compensar as deficiências de recursos naturais e para aumentar o seu território:

-ex: -A Guerra Sino-Japonesa foi um conflito entre o Japão e a China, de 1894 a 1895, pelo controle da Coréia.

-O Japão entra em guerra com a Rússia (1904-1905)para manter o controle sobre a Coréia.

obs: A Era Meiji, durou de 1867 até 1912, sendo substituída peal Era Taisho(imperador Yoshihito - 1912 a 1926), posteriormente pela Era Showa(imperador Hiroito - 1926 até 1989) e pela atual Era Heisei(imperador Akihito - 1989 até a presente data)

II GUERRA MUNDIAL :

-Pearl Harbor : Em dezembro de 1941, os japoneses realizam um ataque-surpresa e destroem a esquadra norte-americana ancorada em Pearl Harbor, no Havaí.

-As bombas em Hiroshima(6/8/45) e Nagasaki (9/8/45)



-A rendição japonesa só acontece em setembro de 1945.

-Os norte-americanos ocupam o Japão até abril de 1952 e impõem uma Constituição e um sistema de governo nos moldes das democracias ocidentais.

-Em 1954 o Japão assina um tratado de defesa mútua com os EUA, que inclui a instalação de bases militares norte-americanas – “Guarda chuva nuclear” protetor que os EUA irão oferecer ao Japão.


FOTOS: ao alto o imperador Hirohito - na parte central O ministro do exterior do Japão Mamoru Shigemitsu assina o original da rendição japonesa no navio USS Missouride em 2 de setembro 1945 - na parte de baixo o imperador Hiroito e o General Douglas MacArthur em foto tirada na Embaixada Americana no Japão em 29 de setembro de 1945.


JAPÃO: PÓS-SEGUNDA GUERRA

-Após as bombas em Hiroshima e Nagasaki, o Japão teve que se humilhar diante dos EUA , sendo ocupado até 1952 e tendo que se submeter as imposições feitas pelos norte americanos.

O MILAGRE ECONÔMICO JAPONÊS

-Vários fatores ajudaram o Japão a se transformar em uma das maiores economias do mundo e transformar este crescimento econômico em qualidade de vida para sua população.Neste contexto, podemos destacar:

-Desmilitarização imposta pelos EUA(mesmos assim, o Japão investem mais do que o Brasil em segurança, algo em torno de 45 bilhões de dólares, ao passo que nosso país investe próximo a 16 bilhões de dólares.

-Investimentos na qualidade de vida da população( Welfarte State / Estado de bem estar social) ex: saúde ;educação, melhores salários , habitação etc.

-Plano Colombo: versão asiática do Plano Marshall

-Subvalorização da moeda(iene), fato este que facilita as exportações e inibe as importações.

-Copiar e aprimorar as tecnologias vindas do exterior.

-Forte poupança

-Revitalização dos Zaibatsus e formação de holdings(Holding é uma empresa que possui, como atividade principal, a participação acionária majoritária em uma ou mais empresas, ou seja, uma empresa que possui a maioria das ações de outras empresas e que detém o controle de sua administração e políticas empresariais. )e join ventures(A Joint-Venture é a palavra americana para definir a junção definitiva de duas empresas em uma nova entidade. Não tem prazo limitado; para tal, existem as SPC - Special Purpose Companies que são criadas para a implementação de projetos específicos, encerrando suas atividades ao final dessa implementação.Normalmente a joint-venture não elimina as duas companhias criando uma nova, mas sim, cria uma terceira entidade para aproveitar as especificidades de cada uma.) com capital externo.

-Implementação do sistema Toyotista (Toyotismo é um sistema de organização voltado para a produção de mercadorias. Criado no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, pelo engenheiro japonês Taiichi Ohno, o sistema foi aplicado na fábrica da Toyota (origem do nome do sistema). O Toyotismo espalhou-se a partir da década de 1960 por várias regiões do mundo e até hoje é aplicado em muitas empresas.)

Obs:Principais características do Toyotismo:


Taiichi Ohno: criador do Toyotismo


- Mão-de-obra multifuncional e bem qualificada. Os trabalhadores são educados, treinados e qualificados para conhecer todos os processos de produção, podendo atuar em várias áreas do sistema produtivo da empresa.

- Sistema flexível de mecanização, voltado para a produção somente do necessário, evitando ao máximo o excedente. A produção deve ser ajustada a demanda do mercado.

- Uso de controle visual em todas as etapas de produção como forma de acompanhar e controlar o processo produtivo.

- Implantação do sistema de qualidade total em todas as etapas de produção. Além da alta qualidade dos produtos, busca-se evitar ao máximo o desperdício de matérias-primas e tempo.

- Aplicação do sistema Just in Time, ou seja, produzir somente o necessário, no tempo necessário e na quantidade necessária.

- Uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências dos clientes.

AS CRISES ECONÔMICAS QUE AFETARAM O JAPÃO E O MUNDO:

1991: O Japão enfrenta uma crise de grandes proporções nos anos 1990. O crescimento da década anterior – assentado na acelerada automação da indústria – levara os bancos a dispor de muitos recursos, que, investidos no mercado imobiliário e na Bolsa de Tóquio, propiciam a supervalorização de ativos (imóveis, ações etc.) conhecida como bolha especulativa. A crise eclode em 1991, quando os preços desses ativos desabam, dificultando o pagamento dos empréstimos feitos. Sem conseguir receber os créditos, o setor bancário é o mais prejudicado. No decorrer da década, o Produto Interno Bruto (PIB) japonês apresenta baixo crescimento. O país não acompanha a revolução tecnológica da informação e das telecomunicações que leva à criação de empresas gigantes nesse setor, sobretudo nos EUA, na Coréia do Sul e em outros países do Sudeste Asiático. Em 1997, os efeitos da crise financeira na região se fazem sentir no Japão, grande investidor nessas nações.

1997: na década de 1980, Cingapura, Coréia do Sul, Indonésia e Taiwan conquistaram taxas de crescimento muito altas, fator que promoveu a absorção de grande parte da mão-de-obra disponível e a estruturação física de seus parques industriais. Porém, no final da década de 90, entre os anos de 1997-1998, houve uma expressiva recuperação da economia norte-americana, que ocorreu na mesma ocasião em que as economias asiáticas apresentavam os primeiros sinais de esgotamento. A crise nos Tigres é uma junção de inúmeros erros econômicos, influenciados pelas instabilidades políticas internas (nepotismo, corrupção,despotismo)e na região pelos problemas fronteiriços e, até certo ponto, pela própria fragilidade das bases econômicas dos países do bloco.

1998- Esta nova crise envolvendo o Japão é resultado de vários fatores somados, onde podemos dar destaque:

-Reflexos das crises anteriores (1991- Bolha Especulativa / 1997-Crise dos Tigres) que acabaram por afetar de forma direta e indireta o Japão.

-Má administração pública

-Incapacidade do governo japonês de administrar o país.

2008- A Crise Imobiliária (EUA) afeta o mercado financeiro nos EUA e arrasta os negócios no mundo teve origem nas hipotecas americanas. Com o baixo juro e as boas condições de financiamento, muitas pessoas compraram imóveis e se endividaram. O juro subiu, a economia desaqueceu e a inadimplência aumentou. Os bancos que emprestaram dinheiro começam a mostrar o rombo. Além disso, o preço dos imóveis caiu. Pagando uma prestação mais alta e com o valor do bem menor, os norte-americanos reduziram o consumo. Às portas da recessão, os EUA anunciaram a maior reforma no sistema de regulamentação financeira desde 1929. O plano vai mudar a forma como o governo regulamenta milhares de negócios.

-Esta crise afetou de forma drástica a União Européia e o Japão , que tem muitos negócios com os EUA , que foram prejudicados pelos efeitos na economia americana. O Japão sofreu no último trimestre de 2008 a queda econômica mais abrupta entre os países desenvolvidos, quando seu Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu no maior ritmo registrado desde 1974.

-A economia japonesa perdeu força entre outubro e dezembro pelo terceiro trimestre consecutivo em termos reais, com um retrocesso de 12,7% em relação ao mesmo período de 2007 e de 3,3% com relação ao trimestre anterior, sobretudo por causa de uma demanda externa especialmente baixa. O aumento do desemprego em um país onde o emprego é por tradição um vínculo vitalício e as medidas de corte de gastos e de postos de trabalho tomadas pelas grandes multinacionais para resistir à crise aumentaram a desconfiança dos cidadãos.

-O aumento do desemprego em um país onde o emprego é por tradição um vínculo vitalício e as medidas de corte de gastos e de postos de trabalho tomadas pelas grandes multinacionais para resistir à crise aumentaram a desconfiança dos cidadãos.

-O núcleo dos preços ao consumidor do Japão caiu 1,2% em fevereiro comparado com o mesmo mês de 2009, marcando um ano completo de deflação (uma quebra generalizada dos preços dos bens e serviços, geralmente associada a graves recessões econômicas e a restrições da procura, da produção/oferta e do emprego. )e sugerindo que o banco central pode precisar afrouxar a política monetária novamente nos próximos meses.

11 DE MARÇO DE 2011: A NATUREZA IMPLACÁVEL

-Um fortíssimo terremoto atingiu no dia 11 de março a costa nordeste do Japão e sacudiu com força edifícios em Tóquio. De acordo com a Agência Geológica dos EUA (USGS), o abalo foi de 8,9 graus na escala Richter. O potente tremor, que sacudiu edifícios em Tóquio, foi seguido por duas réplicas, ambas de 6,4 graus, informou o USGS em seu site.



-O terremoto teve o seu epicentro no Oceano Pacífico, a 130 km da península de Ojika, e a uma profundidade de dez km, na mesma região onde há dois dias ocorreu um tremor de 7,3 graus que não deixou danos.

-Mas o pior ainda estava por vir.O país nem tinha dado tempo de se recuperar do susto quando ondas de dez metros de altura começaram a se aproximar e invadir a costa nordeste do país - na ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês, uma hora e quatro minutos depois do terremoto.A água foi derrubando tudo e logo se misturou a lama e destroços. Engoliu plantações. Bairros inteiros ficaram submersos. Um barco ficou no meio de um redemoinho gigante e carros eram jogados contra pontes e estradas e os barcos arrastados com a correnteza. Pessoas fugiram pro alto do terminal principal do aeroporto de Sendai. A água invadiu a pista.



-Depois do terremoto e do tsunami, o Japão passou a viver um novo drama: As usinas de Fukushima foram bastante afetadas pelo tsunami e varais explosões acabaram ocorrendo, liberando elementos radioativos na atmosfera. 



Observe a seguir a capaciade que os japones tem de reconstruir o seu país:

2011                               2012


Estas imagens falam por si só.


Professor Kléber



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