Nosso país se diz um Estado democrático onde todos são
iguais perante a lei, porém , existem muitos entraves em nossa chamada
democracia que demonstram que as coisas não são bem assim.Um desses entraves é
a questão voltada a um Estado que se diz LAICO, mas vive refém dos desejos e
imposições advindas de grupos religiosos e corporativistas.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Não estou criticando as religiões, critico o
fundamentalismo religioso, independente de qual religião esse extremismo possa
vir.É inadmissível que em pleno século XXI tenhamos uma mentalidade da Idade Média,
até porque naquela época só a elite
tinha acesso a educação , sendo assim, as pessoas eram mais ignorantes no que
se dizia respeito ao contato com a o saber.Mas essa desculpa não cabe mais em
nossos dias.Somos muito bem informados e
a internet nos oferta ínfimas possibilidades de informações.
Sabemos que nossos representantes na política , são
na verdade bastiões daqueles que os elegeram, ou pelo ao menos deveriam ser.Sei que o corporativismo existe
no Congresso, onde classes sociais ou grupos afins defendem os interesses de
seus eleitores.Mas mesmo assim,desconfio desses eleitores que colocam no
Congresso os “Malufes, Sarneys, Tiriricas, Romários, Popos e os Marco Felicianos
da vida”.
É incrível a capacidade de nosso Congresso de fazer
coisas absurdas se transformarem em coisas
plausíveis.É inadmissível que uma pessoa tão preconceituosa como o Pastor Marco
Feliciano seja escolhido para nos representar na Comissão de
Direitos Humanos da Câmara.Sempre muito polêmico
por suas declarações consideradas racistas e homofóbicas, o pastor foi eleito
no dia 7 de março presidente da Comissão de Direitos Humanos por 11 votos dos
18 possíveis.
A pergunta que não se cala é: Por
que uma pessoa como esse cidadão está apto a
ser o presidente de uma comissão que trata dos direitos humanos, se ele mesmo não
respeita as pessoas? Parece um roteiro de filme “b” que não serve para passar
nem na “sessão da tarde”, pelo tamanho besteirol que está por vir.
A luta contra o RACISMO com políticas afirmativas ou
de discriminação positiva é uma bandeira que defendo sempre.Veja o que diz o
Antropólogo e Professor Kabengele Munanga o
primeiro negro a entrar na pós-graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da Universidade (FFLCH) de São Paulo.
“Eu começo a discussão me posicionando a favor das políticas de cotas. Os
que estão contra dizem que isso é anticonstitucional porque perante a lei somos
iguais. Essas pessoas confundem igualdade formal com a material ou
consubstancial. A Carta Magna de 1988 defende a busca da igualdade
consubstancial ou material. Não basta proibir a desigualdade. Tem de
implementar políticas para reduzi-las. Eu não vejo discriminação positiva como
discriminação, mas como política de conteúdo compensatório e reparatório que
busca a redução das desigualdades. Quase 94% dos brasileiros que têm diploma
universitário são brancos; 1% é oriental, mas os orientais são mesmo 1% da
população; e entre 2% e 4% são negros. Como você vai reduzir a desigualdade em
matéria de educação sem política e sem intervenção? Defendo cota para negros e
brancos da escola pública com porcentagens definidas para negros, que é uma maneira
de reduzir essa diferença.”
Compactuo com seu raciocínio e acrescento que as
políticas afirmativas existem para corrigir as injustiças do passado que se
perpetuam até hoje. Como dizia George Orwell em seu livro A revolução dos Bichos : Todos
os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros. Em
nosso país , existem muitas pessoas que ficam a margem da sociedade ao passo
que uma minoria tem acesso a todas as benesses sociais e podem usufruir das
melhores posições sociais , tais como a educação, saúde, habitação etc.
Outro ponto que chamo a atenção é a questão da HOMOFOBIA.Muitas
pessoas vêem a luta dos homossexuais apenas como uma busca
por um direito específico ou pelo legítimo direito de serem tratados com
igualdade perante a lei , mas na verdade é uma luta contra a homofobia e pela
igualdade de direitos defendida pelos homossexuais ,em um Estado que teoricamente
é laico e que não deve permitir atos de discriminação negativas.
A chamada bancada cristã, ou seja , parlamentares evangélicos e católicos, ganharam uma bandeira importante para defenderem em suas bases eleitorais.A falta de censo crítico dessas pessoas que demonizam a luta homossexual como se ela fosse o maior problema de nosso país é um disparate , aliás o Brasil é uma nação com tantos problemas sociais e econômicos, e parlamentares passam o maior tempo de seus mandatos discutindo coisas que não tem o que se discutir, uma vez que cada cidadão brasileiro tem o direito a escolher seus parceiros sexuais como bem entender.
A chamada bancada cristã, ou seja , parlamentares evangélicos e católicos, ganharam uma bandeira importante para defenderem em suas bases eleitorais.A falta de censo crítico dessas pessoas que demonizam a luta homossexual como se ela fosse o maior problema de nosso país é um disparate , aliás o Brasil é uma nação com tantos problemas sociais e econômicos, e parlamentares passam o maior tempo de seus mandatos discutindo coisas que não tem o que se discutir, uma vez que cada cidadão brasileiro tem o direito a escolher seus parceiros sexuais como bem entender.
A
corte suprema , o Supremo Tribunal Federal (STF) entende o direito aos
homossexuais a união afetiva,como uma demonstração de conceitos avançados de
construção do que chamamos de Estado laico.Para o STF, o direito deve ser
observado a partir da visão de que não prejudica o direito do outro e pergunta
em que a união homoafetiva prejudica a união heterossexual.
Por fim, o termo opção sexual também tem que ser corrigido.Os próprios homossexuais abominam a classificação “opção”, pois todos defendem que a homossexualidade não é uma questão de opção, a pessoa não opta pela sua sexualidade, a pessoa nasce assim, apenas se orienta.Independente do termo, venho aqui solidarizar-me com os homossexuais na luta contra a intolerância.E meu blog está aberto a todos aqueles que compartilham de minhas ideias.
Professor
Kléber
“As
pedras preciosas de minha vida”
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