sexta-feira, 16 de maio de 2014

GUERRA FRIA

GUERRA FRIA 




A GUERRA FRIA : 

Para entendermos a Guerra Fria temos que voltar um pouco na história e observar o final do império Turco –Otomano, a Revolução Russa e a  Primeira Guerra Mundial.


O IMPÉRIO TURCO-OTOMANO


O  Império Turco-Otomano já vinha tendo um pouco desde o final do século XIX por causa das guerras dos Bálcãs, onde a Turquia perdeu quase todo seu território para a Bulgária. Com a Primeira Guerra Mundial, o Império sofreu com o tratado de Sèvres em agosto de 1920 que dividia as terras turcas do Oriente Médio entre França e Inglaterra e ainda perdia parte de seu território pra Grécia e Armênia. Assim uma poderosa era do Império Turco-Otomano chegava ao fim.




O FIM DO CZARISMO E A REVOLUÇÃO RUSSA


Por outro lado , no começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.




Em 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo, no  conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar. Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. 
Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.Em 1917, a revolução Russa aconteceria e mudaria a história da Rússia e do resto do mundo.


PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


A partir da I Guerra que estabeleceu-se novas correlações de forças no mundo, marcando o declínio da Europa e a ascensão dos EUA à condição de principal potência mundial.
De certa forma podemos dizer que este conflito resultou de vários episódios que vinham  ocorrendo desde o século XIX, como o fortalecimento do nacionalismo, que levou várias nações europeias a disputarem zonas de seus interesses.




A CRISE EM WALL STREET  - CRASH DA BOLSA DE VALORES EM 1929.




A partir da segunda metade da década de vinte, devido, principalmente, ao fato dos salários não terem acompanhado o aumento da produção. Com isto, havia muitos produtos, porém não tinha quem comprasse estas mercadorias. Tudo isto gerou grandes estoques, uma vez que havia uma superprodução e um mercado consumidor que não dava conta de consumir o que era produzido.
Tudo isto somado.
Toda essa crise chegou ao mercado de ações, ocasionando o “crash” (quebra), pois o preço de suas ações caia constantemente e inúmeros bancos, seguradoras, indústrias, foram à falência, provocando o desemprego de mais de
12 milhões de norte-americanos.
O interessante disto tudo é que se este texto não tivesse sido identificado como relativo à Grande Depressão de 1929, uma pessoa menos avisada poderia achar que se tratava da Crise Imobiliária que vem avassalando o mundo desde 2008.


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – 1939/1945



       Depois da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial e a humilhação sofrida com o Tratado de Versalhes, a  Alemanha partiu para um processo de profundas mudanças  e o  nazismo toma sua forma e a ascensão de Hitler ao poder, em 1933. A II Guerra Mundial resulta do choque entre os interesses das nações que dividiam o mercado internacional desde o fim da I Guerra Mundial e as pretensões da Alemanha de conquistar o mundo. Este conflito envolveu quase todos os países do mundo e acabou por influenciar no declínio das velhas nações da Europa, que passam a ver os EUA e a URSS como as superpotências emergentes no pós-guerra.
      

A CONFERÊNCIA DE TEERÃ – 1943




Esta Conferência ocorre na capital do Irã entre os dias
28 de novembro e 1 de dezembro de 1943, estando presentes Josef Stalin (União Soviética), Winston Churchill (Reino Unido) e Franklin Delano Roosevelt (Estados Unidos). Em Teerã ficou decidida a divisão da Alemanha em zonas de influência, e formulou-se a proposta de criar uma organização internacional para a preservação da paz.
Também a Inglaterra e EUA reconheceram os territórios da Estônia, Letônia, Lituânia e do Leste da Polônia como áreas anexadas ao território soviético. 

O PÓS-GUERRA E A BIPOLARIZAÇÃO MUNDIAL

Durante a II Guerra Mundial, os EUA e a URSS foram aliados na luta contra a Alemanha nazista. Com o fim do conflito e a derrota do Eixo, os antigos aliados se transformaram em ferrenhos adversários. Nascia assim a Guerra Fria. Com isto o mundo ficaria na esfera de duas superpotências e surgia assim o mundo Bipolar, onde os EUA e a URSS teriam as “rédeas” da história.



AS TRÊS GRANDES CONFERÊNCIAS DE 1945

 

CONFERÊNCIA DE YALTA:



Foi realizada de 4 a 11 de fevereiro de 1945, em Yalta, na região da Criméia (Ucrânia), com a participação de Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido, Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos (EUA), e Josef Stálin, governante da então União Soviética (URSS). A reunião aconteceu às margens do mar Negro, em Yalta, na Criméia, sob as abóbadas de um antigo palácio czarista.
Entre os dias 4 e 11 foram discutidos vários assuntos , entre eles  a redefinição das fronteiras do Velho Continente - prova de que a vitória aliada já é vista por eles como líquida e certa. Era o chamado “Espírito de Yalta”, que preconizava uma conciliação dos vencedores, e sua declaração final, expressa neste espírito de euforia, e que aparentemente abria uma longa era de paz e estabilidade no contexto mundial. As principais definições de Yalta são:


·      definição das fronteiras soviéticas e o destino dos países do Leste Europeu.
·      a URSS recupera quase todos os territórios perdidos durante a Primeira Guerra: Estados bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia) e do leste Polonês.
·      Criação de uma faixa de segurança junto as fronteiras da URSS.
·      eliminação do Nazi-facismo.

CONFERÊNCIA DE SÃO FRANCISCO



O encontro realizou-se entre 25 de abril e 26 de junho, tendo por objetivo substituir a antiga Liga das Nações e a criação da ONU. As principais objetivos da ONU foram:

·      Defesa da paz mundial
·      Defesa dos direitos humanos (em 1948 foi criada a Declaração Universal dos Direitos Humanos)
·      Igualdade dos direitos dos povos
·      Melhoria do nível de vida em todo o mundo
·      Criação da Assembleia Geral e o Conselho de Segurança: composto por quinze membros, sendo cinco permanentes (EUA, URSS – hoje Federação Russa -, Grã-Bretanha França e China), com direito a veto e dez transitórios.

CONFERÊNCIA DE POTSDAM:



O correu entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945, em Potsdam, nos arredores de Berlim, Alemanha, reunindo Stálin, Clement Attlee, do Reino Unido,que substitui Churchill e o novo presidente norte-americano, Harry Truman. As principais resoluções de Potsdam:

·      Divisão da Alemanha em três zonas provisórias de ocupação. (obs: posteriormente a França também receberia uma parte do território alemão para controlar)
·      Criação do Conselho Interaliado.
·      Desnazificação da Alemanha
·      Berlim também seria dividida entre as potências vencedoras da Segunda Guerra.




DOUTRINA TRUMAN - 1947




A Doutrina Truman foi criada pelo presidente dos EUA Harry Truman em 1947 com o objetivo de conter o avanço soviético pelo mundo afora.

OS PLANOS MARSHALL E COLOMBO X COMECOM



Plano Marshall : é resultado dessa doutrina e estabelece a transferência de recursos para ajudar na reconstrução dos países destruídos pela Guerra. Essa ajuda também foi oferecida à União Soviética, que não aceitou e se retirou do Conselho Interaliado, fato este que acirrou as relações entre os mesmos. Esse plano foi um instrumento econômico e financeiro criado pelos EUA para injetar 13 bilhões de dólares na Europa destruída pela Segunda Guerra Mundial, e com isto estabelecer uma área de influência no continente europeu.
Para dar conta do Projeto de contenção da influência Soviética, os Estados Unidos financiaram a reconstrução e o fortalecimento econômico da Europa, através do Plano Marshall e dos países do Leste e Sudeste asiáticos, através do Plano Colombo.


COMECON: a oposição ao Plano Marshall foi o COMECON (Conselho de Assistência Econômica Mútua), foi criado em 1949 pela URSS como uma oposição ao Plano Marshall e procurava vincular as economias do Leste Europeu à economia da União Soviética (URSS). Enquanto Stalin esteve vivo, o ano de 1953, O Comecom limitou-se a fazer acordos financeiros e econômicos entre os países do Leste Europeu, porém, mais tarde sua ação ampliou-se com a entrada de países de fora da Europa.


O BLOQUEIO DE BERLIM E A DIVISÃO DA ALEMANHA



Com o passar dos anos a situação foi se deteriorando cada vez mais entre a URSS e os EUA e tanto a Alemanha como a cidade de Berlim, sentiam na “pele” o recrudescimento da Guerra Fria. Todo este clima de tensão provocou um incidente que marcaria este início de Guerra Fria, o Bloqueio de Berlim.
       O Bloqueio de Berlim, que teve início em 24 de Junho de 1948 e durou um até 12 de Maio de 1949, ocorreu quando a URSS eliminou todas as conexões da estrada, do trilho e da água a Berlim Ocidental, com o intuito de que com o bloqueio, esta parte da cidade começaria a passar fome e necessidade, por conseguinte, forçaria os aliados á abandonar a região.
A URSS não contava com a resposta do lado ocidental que organizou a maior e mais prolongada ponte aérea da história, para sustentar a cidade, abastecendo-a de tudo o que poderia ser considerado necessário, incluindo todos os combustíveis, mesmo o carvão para o aquecimento durante o Inverno.
Após onze meses o Bloqueio de Berlim acabaria  e após o seu término, a Alemanha iria ser dividida mais uma vez, só que agora surgiriam dois novos Estados:
·         RDA (República Democrática Alemã) – pró URSS 
·         RFA (República Federal da Alemanha) – pró EUA e Europa Ocidental.

CRIAÇÃO DA  OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte



OTAN: Com a necessidade de fortalecimento militar dentro do cenário europeu, os Estados Unidos criaram em 1949 uma aliança militar ocidental a Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN. O surgimento dessa instituição vai levar definitivamente à divisão da Europa e estabelecia que os Estados-membros da OTAN se comprometeriam a assegurar a sua defesa e que, uma agressão a um ou mais aliados, seria considerada uma agressão a todos.
A OTAN fez grande esforço para a manutenção de uma defesa coletiva e até então, ideológica, pois nunca houve um conflito armado contra o lado soviético.


REVOLUÇÃO CHINESA – 1949

Devemos lembra que a  revolução Chinesa também foi um marco deste início de Guerra Fria. Ocorrida em 1949 após muitos anos de disputa entre comunistas e nacionalistas, a China se vê diante de um sistema comunista, tendo como líder a figura de Mao tsé-tung.

O MACARTISMO (1950 até 1954)


O Macartismo foi um fenômeno do contexto da Guerra Fria, especificamente nos Estados Unidos; sendo assim, a generalização deste termo a qualquer perseguição anticomunista torna-se anacrônica e equivocada. Pelo Macartismo, a sociedade era estimulada a prática da delação e ao Estado cabia a intimidação. Acabou atingindo em grande escala os meios artístico e intelectual.

A GUERRA DAS COREIAS – 1953

Este foi o primeiro conflito indireto entre os EUA e  URSS e ocorreu entre 1950, tendo a Península da Coréia como o palco de uma sangrenta batalha. O Conflito na Coréia foi o resultado direto da Revolução Chinesa liderada por Mao Tse tung, que fez forte pressão para que a região adotasse o sistema socialista em todo seu território.
A porção sul da Coréia resistiu com a ajuda dos EUA e a guerra se arrastou até 1953, com a divisão definitiva da região em duas coreias, sendo que a Coréia do Norte teria o apoio militar da URSS e a Coréia do Sul ficando sob a influência dos EUA.

No ano de 1953 é que a paz veio a região com o Armistício de Panmunjom, assinado em 27 de julho daquele ano. O acordo previa a manutenção da fronteira definida em 1948 e estabelecia uma zona desmilitarizada entre as duas Coreias.

MORRE STALIN E ENTRA KRUSHEV – 1953

Com a morte de Stalin e a sua substituição por Nikita Krushev, as coisas tomaram novos rumos na Guerra Fria. Inicia-se um novo período denominado de Coexistência Pacífica. Esta nova estratégia soviética buscando evitar a todo o custo o confronto direto entre as duas grandes potências e desloca a Guerra Fria para os campos da economia e da tecnologia. 

A CORRIDA ESPACIAL E ARMAMENTISTA



A Corrida Espacial foi na verdade uma disputa entre os EUA e a URSS pela conquista do espaço. Com esta disputa entre as grandes potencias, a exploração espacial e suas descobertas trouxeram inúmeros avanços científicos e tecnológicos.Com a corrida espacial a humanidade pode colher muitos “frutos” da tecnologia aplicada pelas duas agências espaciais durante a Guerra Fria, tais como:
·         as barras energéticas;
·         os líquidos que substituem a comida no seu formato tradicional;
·         ao teflon, que não foi inventado pelo programa espacial, mas se popularizou com ele;
·         o uso da energia solar.
Outra disputa interessante entre os EUA e URSS foi pelo desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas ao setor bélico. Cada vez mais os dois países rivais desenvolviam novas armas com um poder de fogo que passava a colocar em risco o próprio planeta.
Tanto a corrida espacial como a armamentista saíram muito caro para as duas superpotências, que no início da década de 1980 já sinalizavam para o esgotamento dos investimentos nestes setores.

CRIAÇÃO DO PACTO DE VARSÓVIA – 1955

O Pacto de Varsóvia foi criado em 1955, sendo a resposta soviética à OTAN, sendo controlada pela URSS e tendo como objetivo principal defender militarmente os países socialistas alinhados com os soviéticos.


Com o fim da URSS em dezembro de 1991,  o Pacto também chega ao seu final.


1955 ( 18 A 24 DE ABRIL) -CONFERÊNCIA DE BANDUNG – INDONÉSIA




Entre os dias 18 e 24 de abril de 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se, numa conferência internacional, vinte e nove países da Ásia e da África. Era a primeira vez que se reuniam. O primeiro-ministro da Índia, Nehru, que combatera, ao lado de Gandhi, a dominação inglesa, estava presente, ao lado do presidente Nasser, do Egito, de Chou En Lai, premiê da República Popular da China, do imperador Haile Salassié, da Etiópia, e dos reis do Marrocos e do Camboja, entre outros.


Alguns dos participantes tinham um passado de revolucionário, mas todos estavam reunidos na Indonésia para se lançar à guerra contra o subdesenvolvimento e para condenarem o racismo e a dominação colonial. A conferência procurou transmitir a  ideia de criar o Tribunal da Descolonização, para julgar os culpados deste grotesco crime contra a humanidade, o Imperialismo, mas a iniciativa foi abafada pelos países centrais. Falaram também sobre as Responsabilidades dos Países Imperialistas, que existem até hoje. Responsabilidade que significa ajudar a reconstruir os estragos que os antigos colonos fizeram no passado.

Reuniram-se na Conferência de Bandung, os líderes de vinte e nove Estados asiáticos, sendo estes o Afeganistão, Arábia Saudita, Birmânia, Camboja, Laos, Líbano, Ceilão, República Popular da China, Filipinas, Japão, Índia, Paquistão, Turquia, Síria, Israel, República Democrática do Vietnam, Irão, Iraque, Vietnam do Sul, Nepal e o Iêmen do Norte, bem como os seguintes países africanos, como a Etiópia, Líbia, Libéria e o Egito, perfazendo uma população total de 1350 biliões de habitantes. O patrocínio desta Conferência foi da responsabilidade da Indonésia, Índia, Birmânia, Sri Lanka e do Paquistão e a conferência tinha como objetivo a promoção da cooperação econômica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo dos Estados Unidos da América, da União Soviética ou de outra nação considerada imperialista.

Também foi apresentado nesta conferência a noção de Terceiro Mundo e os princípios básicos dos Países Não alinhados, ou seja, uma postura diplomática e geopolítica de equidistância das Superpotências. Apesar do não alinhamento, todos os países declararam que eram socialistas mas não se iriam alinhar ou sofrer influência Soviética. O Não Alinhamento não foi possível no contexto da Guerra Fria, onde a URSS e os EUA cada vez mais procuraram expandir as suas áreas de influências. Em Bandung o chamado conflito  leste-oeste, dava passagem para um novo conceito de conflito norte-sul, expressão de um mundo dividido entre países ricos e industrializados e países pobres exportadores de produtos primários.

Os Dez Princípios da Conferência de Bandung:

1.   Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da ONU;
2.   Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações;
3.   Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas;
4.   Não intervenção e não ingerência nos assuntos internos de outro país;
5.  Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente, de acordo com a Carta da ONU;
6.   Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir os interesses particulares das Superpotências;
7.   Abstenção de um ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou a independência política de outro país;
8.   Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos, de acordo com a Carta da ONU;
9.   Estímulo aos interesses mútuos de cooperação;
10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais.




INSURREIÇÃO HÚNGARA - 1956



No mês de outubro de 1956, mais de 200 mil pessoas, entre estudantes, operários e soldados. concentram-se em Budapeste, junto da estátua do poeta nacional, Sandor Petöfi, para aprovar um caderno de 15 reivindicações, entre elas o regresso ao poder do comunista reformador Imre Nagy..As reivindicações de 23 de Outubro já vinham sendo formuladas por um influente grupo de intelectuais, o Círculo Petöfi.
Após vários dias de muita tensão e um aparente recuo soviético, que parecia não interessada em debelar o movimento, as tropas russas que haviam se retirado da Hungria no começo do conflito, voltam ao país e na madrugada de 4 de Novembro, entram em Budapeste, fazendo uma repressão brutal: 20 mil húngaros mortos, contra 720 soldados soviéticos e mais de 200 mil pessoas vão para o exílio.



A REVOLUÇÃO CUBANA E SUAS REPERCUSSÕES – 1959



No início da década de 1950, depois de muitos anos de grande exploração imposta pelos EUA, Cuba começa a trilhar uma nova era. Na década de 1950, assumia em Cuba  através de um golpe militar o ditador Fulgência Batista. A partir do golpe, começam a surgir movimentos contrários a seu governo, tendo em Fidel Castro o seu principal opositor. Depois de uma tentativa frustrada de derrubar a ditadura de Fulgêncio, Fidel acabou indo para o exílio no México. Neste país, conheceu o argentino Ernesto Che Guevara, que iria se aliar a ele e se tornar em um dos maiores símbolos da revolução cubana.
Após voltarem para Cuba e se refugiarem nas florestas tropicas em Sierra Maestra, Fidel e seus companheiros, ganharam a confiança da população e em 1959, conquistaram o poder na “ilha” e Batista se exilou em São Domingos. Com isto, Cuba se torna um país comunista comandado por Fidel Castro. Fidel implementou inúmeras mudanças no país, entre elas:
·         Queda das tarifas de eletricidade;
·         Diminuição dos valores dos aluguéis;
·         Queda dos preços dos livros escolares;
·         Nacionalização de usinas, refinarias e indústrias;
·         Reforma agrária.

Em 1961,após a nacionalização de usinas, refinarias e indústrias estrangeiras , os Estados Unidos romperam as relações diplomáticas com Cuba


A INVASÃO DA BAÍA DOS PORCOS:

Em Abril de 1961 cerca de 1300 exilados cubanos treinados pela CIA, a Agência Central de Inteligência dos EUA, desembarcaram na baia dos Porcos, em Cuba numa tentativa fracassada de tentar derrubar o governo revolucionário de Fidel Castro.
Ao final do ano, Cuba alinhava-se com a URSS, tornando-se um “satélite” soviético, ou seja, uma área de influencia da URSS, a apenas 170 quilômetros da Costa dos EUA. No ano de 1962, os EUA decretam o bloqueio econômico a Cuba e expulsam a “ilha” da OEA (Organização dos Estados Americanos).

A CRISE DOS MÍSSEIS:

Ainda em 1962, os EUA descobrem que a URSS estava instalando bases de lançamentos de mísseis em Cuba. Na verdade, a crise dos mísseis foi um dos momentos mais tensos durante a Guerra Fria, onde por pouco, o mundo não foi vítima de um hecatombe nuclear. A doutrina de destruição mútua assegurada que previa a destruição de ambas as partes independente de quem vencesse a batalha nuclear entre as duas superpotências, foi colocada à prova quando os americanos descobriram que os soviéticos planejavam usar a ilha de Fidel como uma base nuclear a pouco mais de 170 quilômetros do território norte americano.
Com a descoberta dos planos soviéticos, começa uma batalha dos EUA para fazer com que os soviéticos recuassem em sua empreitada. Durante 13 dias (entre os dias 16 e 28 de outubro de 1962), o impasse entre os dois lados ia se transformando em um pesadelo para as duas superpotências e o restante do planeta.Após 13 dias , o mundo pode respirar em paz, quando os soviéticos resolveram atender os apelos do presidente dos EUA.

A CRISE CUBANA (O PERÍODO ESPECIAL CUBANO E A ABERTURA DE FIDEL)

Depois da Crise dos Mísseis em 1962, Cuba passou a receber muita ajuda da URSS e dos demais países do Leste Europeu. A “Ilha de Fidel” recebia toda ajuda possível e imaginável, desde alimentos, carros, máquinas fotográficas, até mesmo armas. Desta forma, Cuba apresentava ótimos índices sociais, tais como: Baixo analfabetismo;não havia desemprego nem pedintes no país;elevada qualidade de vida;acesso a uma ótima educação e saúde;não havia “sem tetos” e o país apresentava ótimos resultados nos esportes.

A entrada de Mikhail Gorbatchev em 1985, na União Soviética (URSS), Cuba passou a enfrentar dificuldades, uma vez que não tinha mais a ajuda dada pelos soviéticos, que naquele momento também tinha sérios problemas internos para resolver.
A Perestroika e a Glasnost de Gorbatchev não mudava apenas a URSS, mas chegava a Cuba de forma avassaladora.
Com isto a ilha passou a ter que buscar novas alternativas para sair da crise, que entre os cubanos, ficou conhecida como o “Período Especial Cubano.” Esta nova Cuba buscava atrair investimentos estrangeiros, que com isto ocorresse uma abertura política. Nascia assim, o chamado “Socialismo de mercado cubano”. 

O SOCIALISMO DE MERCADO CUBANO

Era na verdade um “Socialismo com concessões ao capitalismo”, que teve sua inspiração no modelo de abertura praticado por Deng Xiao ping na China.
Como exemplos desta abertura podemos citar:

·         Aparecimento de trabalhadores autônomos (Consertadores de panelas, sapatos, bicicletas, etc).
·         Cantinas e bares (administrados por pessoas de uma mesma família, uma vez que não se pode ter empregados, a não ser no serviço público).
·         Entrada de resort’s luxuosos em Cuba (grandes Hotéis com muito conforto e luxo nas melhores localidades do país, incluindo a famosa praia de Varadero.

RENÚNCIA DE FIDEL

       Após 49 anos no poder, Fidel Castro renunciou à Presidência de Cuba, em uma mensagem publicada no dia
19 de fevereiro de 2008. Em seu lugar assumia seu irmão, Raúl Castro, 76, irmão do líder cubano Fidel Castro,que foi nomeado o novo presidente de Cuba, após ocupar o cargo de forma provisória nos últimos 19 meses.Hoje a economia cubana balança entre a agricultura da cana e do tabaco e do setor turístico e hoteleiro. Com a renúncia de Fidel Castro (que tinha 81 anos naquela época), em fevereiro de 2008, após 49 anos à frente do poder em Cuba, abriu o caminho para que seu irmão, Raúl Castro, (possuía 76 naquela época), implemente reformas no país.

O MURO DE BERLIM – 1961



No mês de agosto de 1961, soldados da Alemanha Oriental (RDA), iniciam o fechamento com arame farpado, da fronteira de Berlim Oriental com Berlim Ocidental, bem como Berlim Ocidental do território da RDA. O objetiovo desta empreitada era impedir que alemães – orientais fugissem para o Ocidente. A partir daquele momento, a RDA dera início à construção de um muro entre as duas partes de Berlim.

O muro de Berlim perdurou durante 28 anos, até que em
9 de novembro de 1989, o maior símbolo da Guerra Fria foi a pique e os habitantes das duas Berlins, puderam se confraternizar e festejarem sua alegria nos escombros do maior símbolo da Guerra Fria.

 

A PRIMAVERA DE PRAGA – 1968

      

Este foi um dos mais importantes episódios da Guerra Fria e teve seu início no dia 05 de Abril de 1968, a nova direção do Partido Comunista da Tchecoslováquia, chefiada por Alexander Dubcek, tornou pública uma série de propostas com vista a reformar o sistema comunista imposto ao país pela União Soviética.
       De modo geral este foi um movimento diferente da Insurreição Húngara que queria o afastamento total da influência soviética na Hungria, uma vez que a  Primavera de Praga não questionava o socialismo e a supremacia da URSS.
 O movimento de Praga não tinha como objetivo restaurar o capitalismo, mas antes libertar o socialismo da pesada herança estalinista, bem como procurar novos caminhos de desenvolvimento para o sistema, tendo em conta experiências como a "autogestão social" na Iugoslávia de Josip Broz Tito.
       Durante os meses de Março e Agosto, Moscou envolveu-se numa maratona de conversações com os dirigentes da Tchecoslováquia e dos países do Tratado de Varsóvia a fim de definir o rumo a tomar, porém no dia 16 de Agosto de 1968, ocorreu o envio de tropas do Pacto de Varsóvia para "repor a ordem" na Tchecoslováquia. No dia 20 de Agosto 200 mil soldados e 5 mil tanques do Pacto de Varsóvia invadiram o país e controlaram rapidamente os pontos nervosos do país.
       No final do movimento Alexander Dubcek é levado para Moscou e assinou o chamado Protocolo de Moscou, que definia os parâmetros da "normalização" da situação no país e, no fundo, significou o fim do processo de democratização.

DIPLOMACIA TRIANGULAR



Ocorreu quando os EUA buscaram se aproximar da URSS e da China.Era o período de Distensão (Détente), que seguiu à Crise dos Mísseis, por ela quase ter levado as duas superpotências a um embate nuclear. Os EUA e a URSS decidiram, então, realizar acordos para evitar uma catástrofe mundial. A “Diplomacia Triangular”, foi arquitetada pelo presidente dos EUA Richard Nixon, tendo no seu secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger, o homem responsável pela articulação da nova política.

São alguns exemplos destes acordos:

·         Tratado de Moscou – 1963 – neste tratado a URSS e os EUA passaram a regular a pesquisa de novas tecnologias nucleares e concordaram em não ocupar a Antártica.
·         TPN – 1968 (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares) – Este tratado tinha como países signatários (EUA, URSS, China, França e Reino Unido), que se comprometiam a não transmitir tecnologia nuclear a outros e a se desarmarem de arsenais nucleares.
·         SALT I – 1972 (Strategic Arms Limitation Talks) – Acordo de Limitação de Armamentos Estratégicos Este acordo previa o congelamento de arsenais nucleares dos EUA e da URSS.
·         SALT II – 1979 Este novo acordo foi uma prorrogação das negociações do SALT I.
·         INF (1987) – Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty – Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário.
·         Start I (1991) – Strategic Arms Reduction Talks – (Tratados de Redução de Armas Estratégicas), assinado em 1991 pela então União Soviética e os EUA, os dois países se comprometeram a limitar em 6 mil o número de ogivas nucleares para cada um dos lados, assim como em 1.600 o número de mísseis e bombardeiros.



NEOLIBERALISMO : RONALD REAGAN & MARGARETH THATCHER

Ronald Reagan ficou conhecido por sua política econômica ortodoxa, ou seja, na linha dura e junto com a primeira ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher introduziam o Neoliberalismo.


O Neoliberalismo pregava o chmado “ESTADO MÍNIMO”, que entre outros fatores, acabou com a política do “Welfare State” (Estado de bem-estar social), introduzido nos EUA após a crise de 1929, e  produziu imediatamente um elevado número de desempregados, diluiu o  poder dos sindicatos, entre outras várias medidas.
Ronald Reagan ficaria bastante lembrado pela sua “Iniciativa de Defesa Estratégica”, que ficou mais conhecido como “Projeto Guerra nas Estrelas”, que preconizava a construção de um gigantesco escudo espacial que iria proteger a Terra de lançamentos de mísseis nucleares de qualquer ponto do mundo.



POLÔNIA :  1980


Depois de uma forte crise econômica que assolou a Polônia entre 1980 e 1981, elevando os preços dos alimentos, inúmeros protestos eclodem no páis e acabam virando o estopim da crise polonesa. Em 1980, grandes manifestações resultaram no reconhecimento governamental da existência de sindicatos autônomos e independentes.
Com tudo isso , o Movimento Solidariedade, liderado por Lech Walesa, que ganhou uma estrutura institucionalizada e atraiu cerca de 10 milhões de trabalhadores.A presença da igreja católica que incentivava o movimento, uma vez que o Papa empossado em 1978, Carol Wojtyla, era polonês, também contribuiu pra o movimento crescer no país e os  operários que trabalhavam nos estaleiros de Gdansk, Szcecin e Gdynia, berço do Solidariedade saiam as ruas pedindo mudanças.
Mas o movimento polonês encontrou resistência por parte da URSS e de outros países alinhados com os soviéticos, que viam na Polônia um perigo eminente, uma vez que pudesse desencadear outros movimentos semelhantes em seus países. Com isto, o General Wojciech Jaruzelski declarou a lei marcial em 1981, e colocou na ilegalidade o Solidariedade e todas as outras organizações independentes da Polônia.
Depois de muitos anos , em1989 o governo polonês concedeu novamente legalidade ao Solidariedade e com sua legalização em 1989, Lech Walesa conseguiu, depois de diversas negociações, a convocação de eleições gerais.No ano seguinte, a Polônia realizou eleições presidenciais e Lech Walessa foi eleito presidente do país.

MIKHAIL GORBATCHEV :  PERESTROIKA E A GLASNOST – 1985



Em 1985 na URSS, chega ao poder  Mikhail Gorbatchev e com ele o mundo iria acompanhar uma série de mudanças que abalariam os alicerces da Guerra Fria.
Gorbatchev cria a Perestroika e a Glasnost, associadas à aproximação com o Ocidente capitalista, produziram a ruína dos regimes socialistas estabelecidos no leste europeu no pós-Segunda Guerra.


-Glasnost (transparência): um amplo plano de transformações sintetizando na política.
-Perestroika (restauração da economia): No plano econômico a URSS buscava modernizar sua economia e diminuir os gastos públicos internos e externos.
O ponto alto na política foi o fim do monopólio de poder do partido comunista soviético, que possibilitou o multipartidarismo e a instauração de eleições diretas para 1994.
No plano externo, Gorbatchev propôs a desativação das armas nucleares até o ano 2000, deixando clara sua posição bélica internacional, apresentada no Fórum Internacional da paz em Moscou.

 

A QUEDA DO MURO DE BERLIM – 1989



       Depois de longos  28 anos, no dia 9 de novembro de 1989, o maior símbolo da Guerra Fria foi ao chão e os habitantes das duas Berlins, puderam se confraternizar e festejarem sua alegria nos escombros do mal fadado muro.

ALEMANHA REUNIFICADA – 1990



       No dia 3 de outubro de 1990 ocorria a reunificação da Alemanha,porém devemos destacar que o fato de que tal junção provocou uma grande inflação e um período de lentidão no crescimento econômico, gerando grandes dificuldades em dar aos alemães orientais o mesmo padrão de vida dos ocidentais. Até 1994, a Alemanha iria pagar um preço muito alto para tentar conter estas disparidades, porém, iria suplantar tudo isso ainda naquele ano.

CHEGA AO FIM A URSS E DA GUERRA FRIA




Com a chegada ao pode na URSS de Gorbatchev, a Guerra FRIA e a própria URSS estavam com os dias contados.Gorbatchev promoveu uma abertura política de sucesso, porém, as suas medidas levariam a URSS a estagnação e a ineficiência na economia, adotando-se algumas práticas do capitalismo.
Em dezembro de 1991, os governos nacionais das ex-repúblicas já não reconheciam a autoridade do governo central soviético e Gorbatchev acabou renunciando e assinando um decreto que aprovava a dissolução da URSS, que acabou se dividindo em várias repúblicas, sendo a principal delas a Federação Russa, que teria em Boris Yeltsin o seu chefe de Estado.
Em agosto de 1991, os conservadores deram um golpe de Estado para derrubar Gorbatchev, mas enfrentaram, além da condenação internacional, uma forte resistência interna, liderada pelo presidente da Rússia, Bóris Yeltsin, que em poucos dias conseguiu desmantelar o golpe dos conservadores , ampliando a popularidade do líder reformista Yeltsin, enquanto Gorbatchev perdia prestígio e força política ao ver-se obrigado a dissolver o Partido Comunista (PCUS) – acusado de ligação com os golpistas – do qual era o secretário-geral.
Após essa tentativa frustrada de golpe dos burocratas, Gorbatchev viveu a desmoralização política. Em dezembro de 1991, Yeltsin e outros governantes das repúblicas soviéticas, aproveitando a fraqueza do líder, proclamaram o fim da União Soviética, criando em seu lugar a Comunidade de Estados Independentes (CEI). Era um outro golpe contra Gorbatchev, o qual se viu obrigado a renunciar ao cargo de presidente da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (país que então já não existia), em 25 de dezembro de 1991.
Surgia assim a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), e com ela terminava assim a Guerra Fria e a própria URSS.
Os países do Leste Europeu também aproveitaram o momento para se desvincularem do antigo autoritarismo mantido por Moscou em relação a eles. Era o desmoronamento da “Cortina de Ferro”.

OUTRAS REVOLUÇÕES OU REFORMAS NO LESTE EUROPEU


BULGÁRIA:

A Bulgária era um dos mais obedientes e ligados ao regime de Moscou.Porém a partir de 1988 o regime búlgaro admite candidatos independentes para as eleições, o que favorece a organização da oposição. No ano seguinte, o dirigente Todor Zhivkov, no cargo a 35 anos, é acusado de corrupção,sendo destituído pela ala liberal do Partido Comunista (PC). As reformas aceleram-se com o fim do monopólio do poder pelos comunistas e a Bulgária cede a nova “onda” democratizante no Leste Europeu.

HUNGRIA:

Em outubro de 1989, o Partido Comunista mudou de orientação política transformando-se em Partido Socialista e com isso tem início uma reforma constitucional que culminou com eleições livres pluripartidárias.

ROMÊNIA:

Durante vários anos a Romênia foi governado pelo tirano Nicolau Ceausescu (25 anos). Em , Ceausescu enfrentou agitações políticas e depois de muitos conflitos, 25 de dezembro de 1989, Ceausescu e sua esposa Elena foram presos e fuzilados, acabando assim, um dos regimes mais cruéis do antigo Leste Europeu.

TCHECOSLOVÁQUIA

A Tchecoslováquia iria promover aquela que ficaria conhecida como a “Revolução de Veludo”, que na verdade tratava-se de um movimento democrático liderado por Václav Havel, que força a rendição do Partido Comunista (PC) tcheco. Com tantas mudanças em curso, em novembro de 1992, é aprovada a separação dos dois Estados: a República Tcheca e a República Eslovaca (Eslováquia)

IUGOSLÁVIA:

       A partir da morte de Josip Broz Tito, o país passou a ter muitos problemas, que culminaram com a sua desintegração no início da década de 1990.Em 1991, a Eslovênia, a Croácia e a Macedônia proclamaram sua independência e no ano seguinte a Bósnia-Herzegovina faria o mesmo. De imediato a ONU reconheceu os novos Estados e a Iugoslávia viu-se reduzida à união entre Sérvia e as suas províncias do Kosovo e da Voivódina, e Montenegro (na verdade Montenegro possuía um governo quase independente, no qual a Sérvia não tinha o direito de intervir).
Na Bósnia-Herzegovina, os sérvios formavam 37% da população, que foi financiada por Milosevic a fazer uma terrível guerra entre 1992 e 1995. Os sérvios locais, comandados por ex-oficiais do exército iugoslavo, organizaram-se em poderosas milícias, equipadas com armamento fornecido pela Iugoslávia, e deram início a uma ação de "limpeza étnica", expulsando os moradores bósnios e também croatas (21% da população da Bósnia). As violências praticadas contra os bósnios foram particularmente absurdas, com dezenas de milhares de estupros e outros tantos fuzilamentos de civis. Foi um verdadeiro genocídio.
Tanto a ONU como a OTAN intervieram no conflito e em 1995 a guerra acabou, após a assinatura em do Acordo de Dayton que definia a Bósnia-Herzegovina como um Estado soberano. O novo país ficava divido em da seguinte forma:
·         51% do território formam uma Federação Muçulmano-Croata.
·         49% constituem a República Sérvia da Bósnia.
No ano de 1998, nova tensão sacode a região, quando o Kosovo, que são em sua maioria de albaneses, reivindicam a sua independência.  A reação sérvia é imediata e conduz a região a uma guerra violentíssima. Depois de fortes pressões da OTAN, Milosevic resolve decretar o cessar-fogo, porém os massacres de albaneses continuavam. Com isto, em março de 1999, a OTAN intervém na região. Foi a primeira vez que a OTAN atacou um país soberano, acusando-o de maltratar o próprio povo. Os bombardeios duram até junho, quando Slobodan Milosevic aceita a rendição.
Em setembro de 2000, Milosevic é vencido nas urnas por Vojsllav Kostunica, que se torna presidente da Sérvia. Terminava assim um dos mais sangrentos governos do século XX e Milosevic acabaria preso por crimes de guerra. Em março de 2006, morria na prisão na unidade de detenção do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), em Haia, Milosevic e assim o sonho de integração da Sérvia.
Os dois últimos capítulos desta epopeia Iugoslava aconteceriam, primeiramente, no domingo 22 de maio de 2006,quando cerca de 86% dos 700 mil habitantes de Montenegro foram às urnas, para, num plebiscito democrático, decidir se o país continuava unido à Sérvia ou se tornava independente. Com 55,5% dos votos, a independência saiu vitoriosa com dose assim, o mapa da Europa mudaria mais uma vez.
Por fim, esta história de tantas “indas e vindas” teria mais uma episódio quando no domingo 12 de fevereiro de 2008, o Kosovo se proclamou unilateralmente independente da Sérvia.

A NOVA ORDEM MUNDIAL

Segundo Demétrio Magnoli, logo após o final da Guerra Fria, onde o mundo Bipolar sairia de cena e entraria uma nova ordem mundial Multipolarizada.
De modo esquemático pode-se dizer que o mundo passou por três ordens mundiais:


·         Monopolar: Inglaterra (após a Primeira Revolução Industrial).
·         Bipolar: EUA e URSS (após a Segunda Guerra Mundial).

·         Multipolar: EUA, União Europeia e Bloco do Pacífico. (após o fim da Guerra Fria).



Prof. Kléber



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