sexta-feira, 6 de março de 2015

ENTENDA OS CONSTANTES TERREMOTOS EM MONTES CLAROS


Os terremotos que ocorrem com frequência em Montes Claros estão ligados a dinâmica interna da Terra, ou seja, o movimento das placas tectônicas – a superfície terrestre é “quebrada” em 52 pedaços, sendo 14 grandes placas –,porém,  há uma grande diferença entre o tremor que ocorreu no Chile recentemente o de Montes Claros, uma vez que são processos diferentes de formação dos abalos. 



O Chile está bem próximo ao encontro das placas Sulamericana e de Nazca e por ser uma região que se movimenta mais, ocorrem os maiores tremores. Por outro lado, Montes Claros, como o Brasil está no centro da placa tectônica, a cidade deu um certo “azar” de ser um ponto fraco, por onde sai a tensão que está presente em todo o bloco sulamericano.



            Na verdade esse tipo de tremor na cidade mineira é uma espécie de válvula de escape para a tensão que a placa Sulamericana sofre, sendo comum em vários pontos do país, e mesmo em nosso estado. 

Rachaduras no solo de Montes Claros

O local onde podem ocorrer esse tipo de sismo, de acordo com o professor, depende apenas de termos pontos fracos no subsolo, o que favorece a saída da força acumulada na placa. Já foram registrados abalos de baixa magnitude em cidades como Betim, Pedro Leopoldo, Bonsucesso e Macacos (Nova Lima).

Prof.Kléber Caverna em Viña del Mar - Chile ( local atingido pelo terremoto de 2010

          Essa foto tirei quando estive no Chile em 2012 e pude constatar os estragos feitos pelo terremoto  de 2010  de 8,8 graus de magnitude que provocou inúmeros estragos.
Localizado na América do Sul, o Chile é um país que possui extensão territorial de 756.945 quilômetros quadrados, onde residem 16.970.265 habitantes. O território chileno ocupa uma das áreas mais sísmicas do planeta, pois está em uma zona de instabilidade tectônica, ou seja, uma área de convergência entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana. Conforme o Instituto de Geofísica da Universidade do Chile, o encontro dessas duas placas produz um terremoto de grande proporção a cada dez anos no país.

           É importante salientarmos que o Chile é muito vulnerável a terremotos  e  a ocorrência desse fenômeno no país é frequente. No dia 22 de maio de 1960, a cidade de Valdívia sofreu com o maior terremoto da história chilena, o sismo teve magnitude de 9,5 graus na escala Richter, deixando 1.655 pessoas mortas e mais de 2 milhões de desabrigados.

          No fatídico dia 27 de fevereiro de 2010, um terremoto de 8,8 graus atingiu o centro-sul do Chile, sendo o maior tremor no país desde 1960. Conforme o Instituto Geológico dos Estados Unidos, o terremoto teve seu hipocentro a 35 quilômetros abaixo do nível do mar, na região de Bio Bio, a cerca de 320 quilômetros de Santiago, capital do Chile, e a 91 quilômetros de Concepción, segunda cidade mais populosa do país. Em seguida, outros tremores foram registrados – de magnitudes que variaram entre 5,2 e 6,9 graus na escala Richter. O terremoto desencadeou um tsunami, que provocou ondas que invadiram até 300 metros de terra firme.

.
       
O MAIOR TERREMOTO JÁ REGISTRADO ATÉ HOJE:

         Nos últimos 50 anos, milhares de pessoas foram vítimas de terremotos na América Latina, sendo que o tremor mais forte registrado nesse período, não apenas no continente como em todo o mundo, ocorreu no Chile em 22 de maio de 1960 e atingiu 9,5 graus na escala Richter.

 Tsuname que atingiu Valdívia

            A cidade de Valdívia, que fica a cerca de 740 quilômetros de Santiago, foi a mais atingida pelo abalo, que gerou um maremoto com ondas de até 10 metros. Mais de 2 mil pessoas morreram.
         Terremoto de 1960 em Valdívia

        As ondas do tsunami formado pelo tremor, apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em outros países banhados pelo Pacífico como o Japão, as Filipinas e os Estados Unidos.


 Com relação ao Brasil e à Montes Claros, a boa notícia é que a possibilidade de termos tremores de grande magnitude, no futuro, no Brasil, é quase nula, uma vez que nosso país está no meio de uma placa tectônica, e a probabilidade de se ter algum evento significativo, como o do Chile, que foi 10 mil vezes maior que o de Montes Claros, é quase zero.



Prof. Kléber Caverna

quinta-feira, 5 de março de 2015

VULCANISMO



O Vulcanismo consiste no  processo de liberação de magma do interior da Terra, que chega à superfície na forma de lava (acompanhada de gases em altíssima temperatura), e se origina na enorme pressão existente no manto terrestre que busca nas fendas das placas tectônicas um alívio de tensão, expelindo o material e gerando enormes consequências às áreas em que ocorrem.
Os vulcões podem  ser divididos em seu ritmo de ocorrência como:
·         Vulcões ativos
·         Vulcões adormecidos
·         Vulcões extintos

A saída do magma pode ocorrer de duas maneiras:
·         Uma explosiva e de enorme alcance chamada de erupção vulcânica, no qual uma grande quantidade de magma se choca em dutos no interior da crosta e transforma essa imensa energia em choque em uma grande explosão (imagem abaixo).


 ·         A saída do magma pode ocorrer de forma suave devido a uma fenda maior, gerando um menor atrito entre o material, essa forma é chamada de derrames vulcânicos.


Toda essa atividade vulcânica está relacionada a saída do magma ligada aos limites das placas tectônicas (litosféricas), pois, estas são descontinuidades que permitem que a pressão do interior da Terra impulsione o material magmático para a superfície. Sendo assim, a região com o maior número de encontro de placas é também a parte do mundo com maior ocorrência de vulcões, maremotos e terremotos, essa região é chamada de Círculo de Fogo do Pacífico. 



É importante lembramos que apesar das placas tectônicas significarem a grande maioria dos processos vulcânicos, existe outra possibilidade de liberação de magma, a existência de um “Hot spot” (ponto quente), um ponto de “vazamento” no meio da placa tectônica, permitindo que os vulcões existam longe das bordas das placas. Um grande exemplo é o Havaí.
Os vulcões podem gerar consequências terríveis quando entram em atividade, e ao contrário do que muitos imaginam, o perigo não está ligado apenas à lava, pois, a fumaça e a poeira eliminados durante a explosão, saem em temperaturas altíssimas e geram enormes destruições. Em alguns casos, fragmentos de rochas são eliminados em meio à erupção, são os chamados piroclastos.
Portanto, o  vulcanismo é um dos processos da dinâmica terrestre que sempre encantou e amedrontou a humanidade, existindo diversos registros históricos referentes a esse processo. Sabe-se que as atividades vulcânicas trazem novos materiais para locais próximos à superfície terrestre.
Com a evolução da ciência, o conhecimento a respeito dos vulcões também aumentou consideravelmente.Ainda não podemos dizer com exatidão quando ocorrerá uma explosão de um vulcão, mas já dispomos de inúmeras ferramentas modernas que podem prever muitas dessas atividades ligadas ao vulcanismo.

Confira algumas das maiores e mais destrutivas erupções vulcânicas que já ocorreram na Terra:

1 – Planalto de Deccan, Índia


Deccan Traps são um conjunto de campos de lava na região do Planalto de Deccan, no que hoje é a Índia. Os campos de lava cobrem uma área de cerca de 1,5 milhões de quilômetros quadrados, e estiveram envolvidos em uma série de erupções vulcânicas colossais que ocorreram entre 63 e 67 milhões de anos atrás.

O momento das erupções coincide mais ou menos com o desaparecimento dos dinossauros, a extinção em massa do período Cretáceo-Terciário. Evidências vulcânicas para a extinção dos dinossauros se formaram nos últimos anos, embora muitos cientistas ainda apoiem a ideia de que um impacto de um asteroide é o que os exterminou.
Acima, é uma foto aérea da cratera Lonar na Índia, que repousa no interior do Planalto de Deccan, a planície vulcânica de basalto maciço de rocha que sobrou da erupção.

2 – Parque Nacional de Yellowstone, EUA


A história do que é hoje o Parque Nacional de Yellowstone é marcada por muitas erupções enormes, sendo a mais recente delas ocorrida há cerca de 640.000 anos.
Quando este supervulcão gigantesco explodiu, enviou cerca de mil quilômetros cúbicos de material para o ar. As erupções deixaram para trás campos de lava endurecidos e caldeiras, depressões que se formam no chão quando o material abaixo irrompe à superfície.
As câmaras de magma de Yellowstone também fornecem ao parque um dos seus símbolos duradouros, seus gêiseres, conforme a água aquecida pelo magma quente flui debaixo da terra.
Alguns pesquisadores previram que o supervulcão vai explodir mais uma vez, um evento que iria cobrir até metade do país em cinzas de até 1 metro de profundidade. O vulcão parece entrar em atividade uma vez a cada 600.000 anos, embora seja impossível saber ao certo se ele vai explodir novamente. Recentemente, porém, tremores foram registrados na área de Yellowstone.

3 – Thera, Santorini, Grécia


Embora a data da erupção do vulcão Thera não seja conhecida com certeza, os geólogos pensam que ele explodiu com a energia de várias centenas de bombas atômicas em uma fração de segundo.
Não existem registros escritos da erupção, mas os geólogos acreditam que pode ter sido a mais forte explosão já vista na Terra. A ilha que acolheu o vulcão, Santorini (parte de um arquipélago de ilhas vulcânicas), tinha sido o lar de membros da civilização minóica, embora haja algumas indicações de que os habitantes da ilha do vulcão suspeitavam que ele iria explodir e evacuaram.
Mas, apesar dos moradores poderem ter escapado, há motivos para especular que o vulcão perturbou fortemente a cultura, com tsunamis e declínios de temperatura causados pela enorme quantidade de dióxido de enxofre que expeliu na atmosfera e alterou o clima. Na foto acima, você pode ver a ilha vulcânica de Santorini como parece agora.

4 – Monte Vesúvio, Itália


Monte Vesúvio é um estratovulcão que se encontra a leste do que hoje é Nápoles, Itália. Estratovulcões são estruturas cônicas altas e íngremes que, periodicamente, explodem e são comumente encontradas onde uma placa tectônica da Terra está submergindo abaixo de outra, produzindo magma ao longo de uma zona particular.
A erupção mais famosa do Vesúvio é aquela que enterrou as cidades romanas de Pompeia e Herculano em rocha e poeira no ano de 79, matando milhares de pessoas. As cinzas preservaram algumas estruturas da cidade, bem como esqueletos e artefatos que têm ajudado os arqueólogos a entender melhor a cultura romana antiga.
O Vesúvio é também considerado por alguns como o vulcão mais perigoso do mundo hoje, com uma erupção massiva que ameaçaria mais de 3 milhões de pessoas que vivem na área. A última erupção do vulcão foi em 1944.

5 – Laki, Islândia

A Islândia tem muitos vulcões que surgiram ao longo da história. Uma explosão notável foi a erupção do vulcão Laki, em
1783. Acima, na foto, é a ilha Laki, hoje em dia.
A erupção de 1783 libertou gases vulcânicos que foram levados pela corrente do Golfo para a Europa. Nas ilhas britânicas, muitos morreram de intoxicação por gás. O material vulcânico enviado para o ar também criou pôr dos sóis ardentes, registrados por pintores do século 18.
Danos às culturas e perda de gado lançou a fome na Islândia, que resultou na morte de um quinto da população. A erupção vulcânica, como muitas outras, também influenciou o clima do mundo, conforme as partículas que enviou para a atmosfera bloquearam alguns dos raios do sol.

6 – Monte Tambora, Indonésia


A explosão do Monte Tambora é a maior já registrada por seres humanos, qualificada como 7 (ou “super colossal”) no Índice de Explosividade Vulcânica, a segunda colocação mais alta no índice.
O vulcão, que ainda está ativo, está localizado na ilha de Sumbawa e é um dos picos mais altos do arquipélago indonésio. A erupção atingiu o seu pico em abril de 1815, quando explodiu tão alto que foi ouvida na ilha de Sumatra, mais de 1.930 quilômetros de distância. O número de mortos da erupção foi estimado em 71.000 pessoas, e nuvens de cinzas pesadas desceram sobre ilhas distantes. A enorme caldeira formada pela erupção de Tambora, na foto acima em 2009, tem 6 quilômetros e 1.100 metros de profundidade.

7 – Krakatoa, Indonésia

Os rumores que precederam a erupção final do Krakatoa nas semanas e meses do verão de 1883 finalmente chegaram ao clímax em uma enorme explosão em 26/27 de abril.
A erupção explosiva deste vulcão, situado ao longo de um arco de ilhas vulcânicas na zona de subducção da placa indo-australiana, ejetou enormes quantidades de rocha, cinzas e pedra-pomes e foi ouvida a milhares de quilômetros de distância.
A explosão também criou um tsunami, cuja máxima altura das ondas chegou a 40 metros e matou cerca de 34.000 pessoas. Medidores de maré registraram que mesmo cerca de 11.000 quilômetros de distância na península Arábica houve aumento na altura das ondas.
Enquanto a ilha que outrora abrigava Krakatoa foi completamente destruída na erupção, novas erupções em dezembro de 1927 construíram o cone Anak Krakatau (“Filho de Krakatoa”), no centro da cratera produzida pela erupção 1883.

8 – Novarupta, Alasca


A erupção do Novarupta – um vulcão de uma cadeia de vulcões na península do Alasca, parte do Anel de Fogo do Pacífico – foi a maior explosão vulcânica do século 20.
A erupção poderosa enviou 12,5 quilômetros cúbicos de magma e cinzas no ar, que cobriram uma área de 7.800 quilômetros quadrados e mais de um metro de profundidade. A explosão foi tão poderosa que drenou magma sob um outro vulcão, o Monte Katmai, alguns quilômetros a leste, fazendo com que o cume do Katmai entrasse em colapso e formasse uma caldeira. A foto acima mostra uma geleira sobre Novarupta.

9 – Monte St. Helens, EUA

O Monte St. Helens, localizado a cerca de 154 quilômetros de Seattle, é um dos vulcões mais ativos dos Estados Unidos. Sua erupção mais conhecida foi a 18 de maio de 1980, que matou 57 pessoas e causou danos a dezenas de quilômetros ao redor.
Ao longo do dia, os ventos dominantes sopraram 520 milhões de toneladas de cinzas para o leste através dos Estados Unidos e causaram a mais completa escuridão em Spokane, Washington, a centenas de quilômetros do vulcão.
O vulcão explodiu uma coluna de cinzas e poeira de 24 quilômetros para o ar em apenas 15 minutos; algumas dessas cinzas foram posteriormente depositadas sobre o solo em 11 estados. A erupção foi precedida por uma protuberância de magma na face norte do vulcão, e a erupção fez com que essa face norte inteira deslizasse – o maior deslizamento de terra já registrado na história. Em 2004, o pico voltou à vida e vomitou mais de 100 milhões de metros cúbicos de lava, juntamente com toneladas de rocha e cinzas.

10 – Monte Pinatubo, Filipinas

Esse é outro estratovulcão, localizado em uma cadeia de vulcões em uma zona de subducção. A erupção cataclísmica de Pinatubo foi uma erupção explosiva clássica. A erupção expulsou mais de 5 quilômetros cúbicos de material no ar e criou uma coluna de cinzas que se levantou por 35 quilômetros.
As cinzas se acumularam tanto que alguns telhados desmoronaram sob o peso. A explosão também gerou milhões de toneladas de dióxido de enxofre e outras partículas no ar, que se espalharam ao redor do mundo por correntes de ar e fizeram a temperatura global cair cerca de 0,5 graus Celsius ao longo do ano seguinte.



FONTE [LiveScience/ COM ADAPTAÇÕES

CPI do MST: professor responde deputada Caroline De Toni: 'Não tenho com...

Significado de Teoria Equipe da Enciclopédia Significados   Criado e revisado pelos nossos especialistas O que é Teoria: Teoria  é o  conjun...