AS TRÊS REVOLUÇÕES
INDUSTRIAIS MUNDIAIS
Antes de iniciarmos nosso estudos a respeito da indústria no
Brasil, vamos entender primeiro como foram as três Revoluções Industriais em
nível mundial:
AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS:
De
modo geral a Revolução Industrial consistiu na substituição das ferramentas
pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção
doméstico pelo sistema fabril. O primeiro lugar onde ocorreu onde a indústria
surgiu foi a Inglaterra , na segunda metade do século XVIII e encerrou a
transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de
capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção
Podem-se
distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:
A.
Primeira
Revolução Industrial
B.
Segunda
Revolução Industrial
C.
Terceira
Revolução Industrial
A- Primeira Revolução
Industrial
A
Primeira Revolução Industrial aconteceu entre 1760 e 1850 e teve como
protagonista a Inglaterra, grande produtor mundial de algodão. Com a introdução
do vapor usado como fonte de energia nas máquinas e locomotivas, o país deu
início à automação da produção de tecidos e de outros produtos, antes feitos à
mão, e agilizou o sistema de transportes de pessoas e de mercadorias com a
introdução das linhas férreas.
A
Revolução Industrial acelerou o processo de migrações do campo para a cidade, o
que intensificou o crescimento da população urbana e contribuiu para a formação
de uma nova classe social, a operária. Na Inglaterra a miséria e o desemprego
produzidos pela industrialização acabaram por desencadear um movimento
espontâneo de destruição das máquinas pelos operários, que ficou conhecido como
LUDISMO.
B- Segunda Revolução
Industrial
A partir da segunda metade do século XIX
um conjunto de novas transformações técnicas e econômicas produziram grandes
mudanças no processo de industrialização e se estendeu até o início da 1ª
Guerra Mundial.
Entre as inovações ocorridas na nesta fase, podemos destacar:
-O processo de
Bessemer que transformou o ferro em aço (Hemy Bessemer),
|
-A invenção do
dínamo que criou condições para a substituição do vapor pela eletricidade.
|
-O petróleo passou
a ser utilizado como força motriz em navios e locomotivas.
|
-O Fordismo de
Henry Ford com a produção em série nas
linhas de montagem, onde a produção industrial passa a ganhar
|
O grande protagonista da Segunda
Revolução Industrial são os EUA que, às vésperas da Primeira Guerra, detinham
40% do PIB dos países desenvolvidos. Também podemos dar destaque ao Japão, a
Itália, a Alemanha, que tiveram um forte desenvolvimento industrial neste
período.
C-Terceira Revolução
Industrial
A partir da segunda metade do século
XX, tem início uma nova fase de processos tecnológicos, decorrentes de uma
integração física entre ciência e produção. Surgia assim, a chamada Terceira
Revolução Industrial ou revolução tecnocientífica, resultante da aplicação
quase imediata das descobertas científicas no processo produtivo,
proporcionando uma ascensão das atividades que empregam alta tecnologia em sua
produção, tais como:
- a informática
- a microeletrônica
- a robótica
- as
telecomunicações
- a indústria
aeroespacial
- a Biotecnologia,
etc
A Terceira Revolução Industrial foi
baseada no Toyotismo, que na verdade era uma visão mais comedida do Fordismo.
INDÚSTRIA NO BRASIL : As Três Revoluções Industriais do Brasil
PRIMEIRA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL BRASILEIRA(“SURTO INDUSTRIAL”)
No
ano de 1844, quando a produção interna do País foi favorecida com a TARIFA ALVES BRANCO( taxa tributária foi para 60%) que
aumentavam as alíquotas no que se referia aos produtos importados, ou seja, o
mercado de produção interna tornava-se mais competitivo com os produtos que
vinham do exterior.
Por outro lado, a Lei de Terras(apresentou novos
critérios com relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra ) e a Lei
Eusébio de Queiroz(proibiu definitivamente o tráfico de escravos para o
Brasil ), acabaram por ajudar na mudança dos rumos da economia
brasileira a partir de 1850 e sendo assim uma grande quantidade de capital incidiu sobre o
setor industrial e comercial.
Foi somente no século
XIX que começou o desenvolvimento
industrial no Brasil.O primeiro grande marco ocorreu na década de 1840 com o
início da chamada “Era Mauá”, que se estendeu de 1840 até 1864. Neste cenário surge a figura do Barão de Mauá(alguns
textos o chamam de Visconde de Mauá), como era conhecido Irineu Evangelista de
Souza. Entre suas ações para o impulso da economia, estão: criação de
estaleiros e fundições, companhias de linhas telegráficas, ferrovias,
iluminação a gás, transporte urbano, entre outros negócios. O Barão tinha, até
mesmo, bancos no Brasil e no exterior. Porém, o crescimento industrial
brasileiro incomodava a elite rural escravista e os países concorrentes.
Essa situação levaria o Barão a um processo de
falência. O mercado interno ainda não estava
completamente estabilizado, pois os escravos não tinham participação nas trocas
monetárias e as relações de mercado não se desenvolviam de forma plena. A
constante oposição dos senhores rurais freavam o crescimento econômico, além de
Mauá possuir diversos inimigos no Brasil e no exterior. Devido a isso, as
transformações na economia tornaram-se ações isoladas de alguns empresários. Na
verdade o Brasil ainda estava dominado pela elite rural arcaica, o que acabou gerando
o fim da Era Mauá.
Apesar
disso, muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a
exportação do café, no estabelecimento de indústrias,
principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos,
calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra usadas
nestas fábricas eram, na maioria, formada por imigrantes italianos.
No início do século XX, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e
fumo eram responsáveis por aproximadamente 70% da produção industrial
brasileira. Nosso
país estava voltado numa política de SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES (foi a
saída encontrada para amenizar as dificuldades, em meio à guerra, de
importações de produtos industrializados que nesse momento alcançaram elevados
preços, além do fato de que a inoperância agrário-exportadora, em meio à guerra
mundial, incita no país o deslocamento dos investimentos para o setor
industrial, que passa a produzir produtos até então adquiridos por importação e
a paulatinamente se voltar para o mercado interno).
O advento da Primeira Guerra Mundial contribuiu
para esse cenário , uma vez que a Europa estava em crise, apesar que os EUA
começavam a ganhar força em nosso país. Porém, a crise de 1929 irá mudar tudo isso.
SEGUNDA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL BRASILEIRA
PERÍODO VARGAS:
Durante o primeiro
governo de Getúlio Vargas (1930-1945)
que a indústria nacional ganhou um
grande impulso. Getúlio teve como objetivo principal efetivar a
industrialização do país, privilegiando as indústrias nacionais, para não
deixar o Brasil cair na dependência externa.
Suas leis eram voltadas para a regulamentação
do mercado de trabalho, medidas protecionistas e investimentos em
infra-estrutura,e com isso a indústria nacional cresceu significativamente nas
décadas de 1930-1940. Porém, este desenvolvimento continuou restrito aos
grandes centros urbanos da região sudeste, provocando uma grande disparidade no
resto do país.
Outro
fato importante está relacionado a questão da Segunda Guerra Mundial (1939-45) que
acabou por alavancar nossa indústria, pois, os países europeus, estavam com
suas indústrias arrasadas, necessitando importar produtos industrializados de
outros países, entre eles o Brasil.Vargas criou
a CLT(Consolidação das Leis Trabalhistas), que ajudou a organizar as relações
de trabalho em nosso país acelerando o nosso crescimento econômico.
Entre as
empresas estatais criadas por Vargas, podemos citar a Companhia Siderúrgica
Nacional (1940), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), a Fábrica Nacional de
Motores (1943) e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945).Mais tarde
, em seu segundo mandato, seria criada a Petrobras em 1953.
Período JK
Durante
a chamada “Era JK”, ou seja , no governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) o
desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e feições. Juscelino abriu a economia para o
capital internacional, atraindo indústrias multinacionais.
Nesse período ocorreu
a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors,
Volkswagen e Willys) em território brasileiro nacional. Também nesse
momento, nossa matriz de transporte iria
sofrer grandes mudanças, uma vez que nos tornaríamos um país cada vez mais
rodoviarista, que de certa forma era uma “imposição” das indústrias
automobilísticas que estavam vindo para o Brasil. As ferrovias iriam perder
espaço no transporte nacional.
O Período Militar
Castelo Branco - Costa e Silva - Médici - Geisel - Figueiredo
Podemos
entender que o regime militar em nosso país boi baseado no binômio segurança-desenvolvimento,
ou seja, um modelo de crescimento econômico instaurado pela ditadura que
contava com recursos do capital externo, do empresariado brasileiro e com a
participação do próprio Estado como agente econômico. O PNB cresce, em média,
10% ao ano entre 1968 e 1973.
Asa
base do “Milagre” apostava nas exportações para obter parte das divisas
necessárias às importações de máquinas, equipamentos e matérias-primas. O crescimento
do mercado mundial, na época, favorece essa estratégia, mas é a política de
incentivos governamentais aos exportadores que garante seu sucesso. Para
estimular a indústria, Delfim Netto expande o sistema de crédito ao consumidor
e garante à classe média o acesso aos bens de consumo duráveis. Tudo parecia perfeito até que a primeira crise do petróleo põe fim
a “farra” e expõe a verdadeira tragédia brasileira: um país com grandes
disparidades econômicas e sociais e que estava vivendo também uma forte
repressão ditatorial com os chamados “Anos e chumbo”.
Os "ANOS DE CHUMBO"
Leiam a seguir esse interessante artigo a respeito dos chamados "Anos de Chumbo"
Os
indicadores de qualidade de vida da população despencam. A mortalidade infantil
no Estado de São Paulo, o mais rico do país, salta de 70 por mil nascidos vivos
em 1964 para 91,7 por mil em 1971. No mesmo ano, registra-se a existência de
600 mil menores abandonados na Grande São Paulo. Em 1972, de 3.950 municípios
do país, apenas 2.638 têm abastecimento de água. Três anos depois um relatório
do Banco Mundial mostra que 70 milhões de brasileiros são desnutridos, o
equivalente a 65,4% da população, na época de 107 milhões de pessoas. O Brasil
tem o 9º PNB do mundo, mas em desnutrição perde apenas para Índia, Indonésia,
Bangladesh, Paquistão e Filipinas.
Portanto, com o ingresso dos militares no
governo do país, no ano de 1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos,
como a intensificação da entrada de empresas e capitais de origem estrangeira
comprometendo o crescimento autônomo do país, que resultou no incremento da
dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países de
economias consolidadas. A chamada “Década Perdida”(1980), teve sua gênese
Período Pós-Ditadura
Governo Sarney- 1985 –
1990
Sarney e Tancredo Neves
Entrou
no lugar de Tancredo Neves que tinha vencido as eleições indiretas no ano anterior
, mas acabou morrendo antes da posse. Presidente da transição para a
democracia, enfrentou um período de inflação descontrolada através de diversos
planos, sendo o Plano Cruzado o que teve sucesso por mais tempo. Colecionou vários
problemas e desacertos em seu governo, deixando de pagar o FMI; mudando de
moeda várias vezes, criando planos de combate a inflação que acabaram sendo
grandes fracassos(Plano Cruzado,Plano Bresser e Plano Verão), fez várias
concessões políticas a seus grupos de sustentação impediram a manutenção de uma
política econômica austera.
Governo Fernando Collor
de Melo - 1990 – 1992
Foi
o primeiro presidente brasileiro eleito por voto direto depois da ditadura
militar e o único, até agora, a sofrer um processo de Impeachment.Com o seu
discurso anti-corrupção e modernizador, encantou milhões de brasileiros que
votaram nele. Implantou o Plano Collor, que revoltou a população ao impedir
saques de contas particulares e poupanças nos bancos acima de uma determinada
quantia. Collor foi responsável pela abertura de mercado para a entrada de produtos
estrangeiros. Mesmo buscando manter uma imagem de herói junto à população,
sofreu um processo de Impeachment por corrupção e renunciou ao seu cargo. O
neoliberalismo aparece de forma “tímida” em seu governo. A telefonia , a indústria
automobilística e a informática seriam bastante transformadas a partir de seu
governo em nosso país.
Governo Itamar Franco -1992 – 1994
Por
ser o vice de Fernando Collor de Melo, assumiu a presidência em caráter
definitivo, em 29 de dezembro de 1992, após sua renúncia. Enfrentando novamente
o retorno da inflação, deu início ao processo de desindexação que levou ao
Plano Real.Deixou o mandato em 1 de janeiro de 1995, com índice de popularidade
entre os mais altos da República.
Governo
Fernando Henrique Cardoso -FHC - 1994 – 2003
FHC
assumiu prometendo vincular o projeto econômico com o sócial.Foi o responsável pela
implementação do PLANO REAL, ainda no governo Itamar, quando era o Ministro da
Fazenda. Reduziu significativamente a inflação e iniciou o processo de
privatização das empresas estatais, enfrentando protestos. Seu governo foi
marcada pelo NEOLIBERALISMO(Estado Mínimo), conseguindo aprovar no Congresso
Nacional várias emendas à Constituição, inclusive a que permite a sua própria
reeleição.Em seu primeiro mandato, nossa moeda tinha um câmbio fixo(moeda
forte), baseada em empréstimos estrangeiros, venda de estatais,superávit primário
etc.Porém, no seu segundo mandato as coisas desandaram e enfrentamos uma grande
crise. Logo no início do mandato, o real foi desvalorizado e trocamos o câmbio fixo
pelo câmbio flutuante(flexível, onde a taxa de câmbio oscila exclusivamente em
função da oferta e demanda no mercado).
Governo
Lula - 2003 – 2010
O governo Lula foi marcado por altos e
baixos, mas teve um grande papel no processo democrático nacional e em inúmeras
melhorias sociais e econômicas em nosso país. Vamos elencar a seguir alguns
programas e atitudes do governo Lula:
- Renda aos mais pobres - através do
Bolsa Família e demais políticas sociais, transferiu-se considerável soma de
recursos para as famílias mais pobres do Brasil, a ponto de retirar 20 milhões
de pessoas da miséria. Embora o Bolsa Família distribua como renda apenas 0,4%
do PIB, e a seguridade social 7%, o fato é que, hoje, 70% das moradias possuem
eletrodomésticos como geladeira, TV, fogão e máquina de lavar roupa. O aumento
anual do salário mínimo acima do índice da inflação dilatou o poder de consumo
da população brasileira.
- Estabilidade econômica - a
inflação manteve-se abaixo de 5% e o salário mínimo corresponde, hoje, a mais
de US$ 200. Isso permitiu ao consumidor planejar melhor suas compras, o que foi
facilitado por uma política de créditos consignados e a longo prazo, apesar de
as taxas de juros serem ainda elevadas.
- Não criminalização dos movimentos
sociais - embora as ocupações do MST, dos movimentos de moradia e de barragens
causassem inquietação às autoridades, não houve repressão policial-militar e o
governo buscou, ainda que timidamente, diálogo com lideranças populares.
- Soberania - ao
rechaçar a ALCA e zerar as dívidas do Brasil com o FMI, o governo Lula afirmou
o Brasil como país soberano e independente. O que lhe permitiu manter
confortável distância da Casa Branca e se aproximar da África, dos países
árabes e da Ásia, a ponto de enfraquecer o G8 e fortalecer o G20, do qual
participam países em desenvolvimento. Estreitou relações com a África do Sul, a
Índia e a China, e rompeu o “eixo do mal” de Bush ao defender Cuba, Venezuela e
Irã.
- Falar à alma do povo - Lula preferiu
abandonar os discursos escritos e as rubricas protocolares para alimentar sua
empatia com o cidadão comum, utilizando uma linguagem popular, sem “economês”
ou expressões acadêmicas. Muitas vezes externou seus sentimentos sem pudor,
deixou que a emoção o levasse às lágrimas e a raiva o fizesse usar as mesmas
expressões que a gente simples do povo usa quando lhe “pisam no calo”.
Por outro lado, o governo Lula também
deixou algumas questões sem resolver e que ainda refletem no governo Dilma:
- Arquivos da ditadura – embora integrado por inúmeras vítimas da ditadura
militar, a começar do presidente da República, o governo Lula jamais usou sua
prerrogativa de comandante supremo das Forças Armadas para obrigá-las a abrir
os arquivos dos anos de chumbo. Nem apoiou iniciativas para que os responsáveis
pelos crimes da ditadura fossem levados à barra dos tribunais.
- Reformas estruturais – o governo
termina sem que, nos oito anos de mandato, tenha sido feita qualquer reforma
estrutural, como a agrária, a política, a tributária etc. Se os mais pobres
mereceram recursos anuais de R$ 30 bilhões, os mais ricos, através do mercado
financeiro, foram agraciados, no mesmo período, com mais de R$ 300 bilhões, o
que evitou a redução da desigualdade social.
- Educação – o investimento no setor
não superou 5% do PIB, quando a Constituição exige ao menos 8%. Embora o acesso
ao ensino fundamental tenha se universalizado, o Brasil se compara, no IDH da
ONU, ao Zimbabwe em matéria de qualidade na educação. Os professores são mal
remunerados, as escolas não dispõem de recursos eletrônicos, a evasão escolar é
acentuada. Os programas de alfabetização de adultos fracassaram e o MEC se
mostrou desastrado na aplicação do Enem. De positivo, a ampliação das escolas técnicas
e das universidades públicas, o sistema de cotas e o ProUni.
- Saúde – o SUS continuou
deficiente, enquanto o atendimento de saúde é progressivamente privatizado.
Hoje, aproximadamente 44 milhões de brasileiros estão inscritos em planos de
saúde da iniciativa privada. Mais de 50% dos domicílios do país não possuem
saneamento, os alimentos transgênicos são vendidos sem advertência ao
consumidor, os direitos das pessoas portadoras de deficiências não são
devidamente assegurados.
GOVERNO DILMA
O governo
Dilma seu continuidade aos programas do governo Lula e também vem implementando novos
programas.
No início de seu governo enfrentou algumas
desconfianças internacionais, mas que logo foram superadas.Mesmo com um
crescimento econômico baixo, o Brasil segue tentando superar a crise mundial
que afetou a Europa e os EUA.Ultrapassamos o PIB da economia do Reino Unido,
passando a ser a 6ª economia do planeta. Estávamos nadando de braçada.
O mundo em crise e
nós em um "céu de brigadeiro".Mal
começou o ano de 2012 e a outra face da realidade bateu a nossa porta. O IBGE
divulgou o resultado do PIB de 2011, crescimento de 2,7%, mostrando forte
desaceleração em relação ao crescimento de 7,5% registrado em 2010.
A participação do setor industrial no PIB recuou para 14,6% ante 16,2% em 2010.
A INDÚSTRIA HOJE:
No fim do século XX e início do século XXI houve um razoável
crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da
população brasileira, além de maior acesso ao consumo. Houve também a
estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram determinantes para o
progresso gradativo do Brasil.
A
partir da segunda metade da década de 1980 a difusão do ideário neoliberal foi aos poucos
colocando para fora da arena as políticas estruturantes pensadas em
macro-escalas. A partir deste período a localização produtiva passou a ser cada
vez mais ditada pela ótica da acumulação privada, inaugurando-se um período de
concorrência entre localidades para atração de investimentos privados, tendo
como um de seus principais sintomas a “Guerra Fiscal”. O motor do crescimento
deixa de ser a integração ao sistema econômico nacional e passa a ser a
integração direta, sem mediação, ao fluxo internacional de acumulação do
capital, o que contribuiu para a ampliação da heterogeneidade estrutural
inter-setorial, intra-setorial (entre empresas exportadoras e não exportadoras)
e intra-firma (entre produtos de linhas de produção “atualizados” e
tradicionais).
Como
resultado a partir de 1985, e de forma mais acentuada depois de 1989, ocorreu
uma reversão no processo de desconcentração industrial e, principalmente, o
interior paulista passou a apresentar um aumento de sua participação na
produção industrial, fundamentalmente em produtos com maior intensidade
tecnológica.
PROF Kléber
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