ONDAS GRAVITACIONAIS
Pela primeira vez um experimento vê ondas
gravitacionais, um fenômeno previsto por Einstein pela Teoria da Relatividade Geral, há cem
anos.
Esse abalo no espaço e no tempo foi provocado por colisão
de buracos negros.
Através da
observação da interação de dois buracos negros (objetos do universo com
gravidade extremamente forte) os pesquisadores registraram, pela primeira
vez, as ondas de distorção provocadas pela força gravitacional no espaço
e no tempo ,que tinha sido prevista por Eisnten que afirmava em sua teoria da
Relatividade Geral que a gravidade é uma força de atração que age distorcendo o
espaço e o tempo -- espaço e tempo, em sua concepção são uma coisa só. Quando
há uma interação de objetos muito maciços, para os quais a força da gravidade é
muito grande, eles produzem ondas que se propagam no espaço.
É importante
salientarmos que as ondas gravitacionais estão para a gravidade assim como a
luz, uma onda eletromagnética, está para o magnetismo e a eletricidade, forças
capazes de gerar luminosidade. A detecção de ondas gravitacionais, porém,
requer aparelhagem capaz de perceber oscilações muito mais sutis do que a luz. Os
cientistas usaram o Ligo que consiste em dois enormes detectores de cerca de 4
km de extensão nos estados de Washington e Louisiana, nos EUA, operando
conjuntamente.
O Ligo em si
começou a funcionar em 2002, depois de outros experimentos iniciais, e sua
sensibilidade vem sendo aprimorada desde então. Somente com um aprimoramento
maior realizado em 2015 , porém, foi possível detectar um primeiro evento.
A colisão de
buracos negros ocorreu a 1,3 bilhão de anos-luz e foi registrada pelo projeto e
detectada em 14 de setembro de 2015. Cada um dos dois objetos pesava cerca de
30 vezes a massa do Sol, e os buracos
negros em colisão detectados pelo experimento são essencialmente estrelas
mortas que implodiram dentro de sua própria força gravitacional. Esses objetos
são escuros porque têm uma força de atração de gravidade tão grande que
capturam até a luz.
FONTES: NASA/MIT / 1.globo.com/ciencia-
Kléber Caverna
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