I-Neoliberalismo
O Neoliberalismo passa a ser bastante visível a partir do chamado Consenso de Washington, em 1989, onde a líder do Reino Unido, Margareth Thatcher, e o presidente dos
Estados Unidos, Ronald Reagan,
propuseram os procedimentos do Neoliberalismo para todos os países, destacando
que os investimentos nas áreas sociais deveriam ser direcionados para as
empresas.
Segundo
os neoliberais, para movimentar a economia e, consequentemente, gerar melhores
empregos e melhores salários, deveriam ocorrer algumas mudanças no cenário
mundial, onde podemos dar destaque aos países mais pobres que deveriam pautar
pela redução de gastos governamentais, a diminuição dos impostos, a abertura
econômica para importações, a liberação para entrada do capital estrangeiro,
privatização e desregulamentação da economia.
De modo simplificado,
podemos entender que o neoliberalismo pode ser uma corrente de pensamento e uma
ideologia que foi baseada no liberalismo, que nasceu nos Estados Unidos e teve
como alguns dos seus principais defensores Friedrich A. Hayeck e Milton Friedman.
Na política, neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e
econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia,
onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento
econômico e o desenvolvimento social de um país.
Para os neoliberalistas o Estado é o principal responsável por anomalias
no funcionamento do mercado livre, porque o seu grande tamanho e atividade
constrangem os agentes econômicos privados.
Portanto o neoliberalismo defende-as seguintes primícias :
-Estado –mínimo;
-Pouca intervenção do governo no mercado de
trabalho;
-Políticas de privatização de empresas estatais;
-A livre circulação de capitais internacionais;
-Forte ênfase na globalização;
-A abertura da economia para a entrada de multinacionais/transnacionais;
-Adoção de medidas contra o protecionismo
econômico;
-A diminuição dos impostos e tributos excessivos
etc.
-A
liberdade econômica ordenada pelo mercado, podendo em algumas ocasiões o Estado
ter que intervir em negociações para evitar que ocorram desequilíbrios financeiros.
II-BRICS
Em 2001, o
economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil formulou pela primeira vez a
ideia do BRIC. O texto,
com o sugestivo título de "Sonhando com os Brics: a trajetória até
2050" (numa tradução livre do inglês), argumentava que, daqui a 50 anos,
Brasil, Rússia, Índia e China estariam entre as maiores economias mundiais,
somando juntos um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 15,44 trilhões. O
relatório destacava ainda o peso desses países pelo gigantismo de suas
populações que, em 2050, responderiam por 39% dos habitantes do planeta.
A partir daí,
o termo Brics passou a ser conhecido em todo o mundo , principalmente
por que as economias mais ricas passaram
por algumas crises e cada vez mais podemos observar um maior dinamismo dos
grandes emergentes, sobretudo da China, que se tornou a nova locomotiva da
economia mundial., Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento,
propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e
China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte
do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.
De modo geral, podemos dizer que os BRICS tem
em comum:
-
Economia estabilizada a pouco tempo;
- Situação política estável;
- Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação;
- Crescimento dos níveis de produção e exportação;
- Grandes reservas de recursos minerais e energéticos;
- Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos,
- Situação política estável;
- Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação;
- Crescimento dos níveis de produção e exportação;
- Grandes reservas de recursos minerais e energéticos;
- Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos,
hidrelétricas etc);
- PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
- Melhorias nos índices sociais;
- Diminuição das desigualdades sociais , mesmo que de forma ainda um pouco lenta;
- Aumento significativo e rápido de acesso da população aos sistemas de comunicação
- PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
- Melhorias nos índices sociais;
- Diminuição das desigualdades sociais , mesmo que de forma ainda um pouco lenta;
- Aumento significativo e rápido de acesso da população aos sistemas de comunicação
como, por exemplo, celulares e internet(inclusão digital);
- Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros;
- Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores econômicos;
- Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros;
- Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores econômicos;
-Aumento
significativo do mercado consumidor.
Reunião
de Cúpula do BRICS em Fortaleza (15 e 16 /julho) - Na reunião dos BRICS em
julho de 2014,foi anunciado a sede e a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento do
Brics.O Novo Banco será instalado em Xangai,
na China, e a primeira presidência do órgão será de um representante da Índia,
tendo rotatividade entre os integrantes do bloco. Inicialmente, o capital
inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito,
igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics, será US$ 50
bilhões.
III-CRISE NA UCRÂNIA
A
crise na Ucrânia teve sua origem no
final de 2013, quando o então presidente ucraniano Viktor Yanukovich desistiu
de assinar um tratado de livre-comércio com a União Europeia, preferindo
estreitar relações comerciais com a Rússia. A partir desse decisão tiveram
muitos protestos massivos, que resultaram, em fevereiro de 2014 , na
destituição de Yanukovich, que acabou fugindo para a Rússia.
A partir do
momento a Ucrânia estava em uma profunda crise, a região da Crimeia,em uma
península da Ucrânia, onde a maioria da população é de maioria russa , o
parlamento local foi dominado por um comando pró-Rússia, que nomeou Sergei
Axionov como premiê. Esse novo governo, considerado ilegal pela Ucrânia,
aprovou sua adesão à Federação Russa e a realização de um referendo sobre o
status da região no dia 16 de março.
Logo depois
dessas medidas serem tomadas o Parlamento se declarou independente da Ucrânia
e contou com o apoio dos russos e foi muito criticado por
ucranianos. Devemos destacar que a Criméia está numa península e fica em
uma área estratégica do Mar Negro, muito próxima do sudoeste da Rússia e a
maior parte da frota russa no Mar Negro está na Crimeia, com um quartel-general
na cidade ucraniana de Sebastopol.
IV- AIDS –
UCRÂNIA – MALAYSIAN AIR LINE
A queda do Boeing 777 da Malaysia
Airlines, que caiu em território ucraniano no dia 17 de julho de 2014, levava
108 pesquisadores, ativistas e membros de ONGs que estavam viajando para
participar da 20ª Conferência Mundial de Aids, em Melbourne, na Austrália.
O avião da Malaysia
Airlines com 298 pessoas a bordo e caiu na Ucrânia, próximo da fronteira com a
Rússia, quando seguia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia.
Fontes militares dos EUA confirmaram que o avião foi abatido por um míssil
terra-ar.
Com a queda do avião, morreram todas
as 298 pessoas a bordo, tornando-se alvo das atenções da comunidade
internacional e está sendo investigada. O mais absurdo dessa tragédia é o fato
que a “cura da doença poderia estar no avião que caiu”. Cientistas do mundo são
unânimes ao dizer que o episódio representa uma perda enorme para a comunidade
acadêmica. A comunidade científica lamenta a perda de tantas pessoas engajadas
na luta contra a AIDS e há quem diga que a esperança de uma cura para a Aids
num futuro próximo pode ter se perdido com a queda do Boeing.
Um dos mais renomados pesquisadores da AIDS no mundo , Joep Lange,
foi presidente da Sociedade Internacional de Aids, entre 2002 e 2004, e vinha
atuando como diretor do Departamento de Saúde do Centro Acadêmico de Medicina
da Universidade de Amsterdã, estava no fatídico voo. Recentemente, o
pesquisador divulgou um estudo que demonstra, pela primeira vez, como um
composto probiótico poderia atuar no vírus HIV.
Em 2001, Lange criou a PharmAccess,
uma fundação sem fins lucrativos cujo objetivo era melhorar o acesso aos
medicamentos e tratamentos da Aids em países pobres. O pesquisador contribuiu
no desenvolvimento de terapias combinadas a preços acessíveis e em meios de
prevenir a transmissão do vírus da mãe para o bebê.
V-
CRISE ENTRE ISRAEL E PALESTINOS
Onde começou a crise entre Palestinos e Judeus?
O conflito entre árabes e judeus tem
origem muito remota. Numa análise bíblica , podemos encontrar a história de
Abraão, que obedecendo o comando de Deus, deixou a Mesopotâmia e estabeleceu-se
em Canaã - passando assim a ser a Terra Prometida dos judeus. Abraão teve
vários filhos entre eles, Isaac e Ismael, dos quais descendem respectivamente
os judeus e os árabes. Jacó, neto de Abraão e filho de Isaac, e os filhos
deste, mudaram-se para o Egito onde foram escravos durante 400 anos, até
retornarem a Canaã.
Depois
de um longo tempo escravizado pelos egípcios, os hebreus foram conduzidos por
Moisés até a Terra Prometida. Moisés, libertou-os do escravismo do Egito
fazendo uma peregrinação de 40 anos pelo deserto, durante a qual formaram o seu
caráter de povo livre. Concretizando seu ideal, o povo hebreu estabeleceu-se às
margens do Rio Jordão, na antiga Palestina, onde mais tarde resolveram expandir
suas fronteiras, durante o reinado de Salomão, que consolidou a Monarquia
Judaica.
O império passou a se estender do
Egito a Mesopotâmia. Em seguida, dividiu-se em dois pequenos reinos, que logo
foram dominados pelos Babilônios que expulsaram os judeus deste território. Os
Babilônios foram dominados pelos Persas, estes pelos gregos e, estes últimos,
pelos Romanos.
Antes do início da disputa por
Canaã, judeus e árabes viviam em harmonia, por muitas vezes sofreram os mesmos
destinos, contra inimigos comuns.
Portanto, esse conflito começou a
muito tempo atrás, onde árabes e judeus lutam
entre si por milênios e carregam uma longa história de desavenças religiosas e
de disputa de terras. Desde os tempos bíblicos, judeus(antes conhecidos como
hebreus) e árabes, que são dois entre vários povos semitas, ocuparam partes do
território do Oriente Médio. Como adotavam sistemas religiosos diversos, eram
comuns as divergências, que se agravaram ainda mais com a criação do islamismo
no século VII.
Depois de terem voltado a Terra
prometida, os judeus iriam ser expulsos por duas vezes dessa região. A primeira
diáspora envolvendo os judeus ocorreu em 587 a.C., quando o rei babilônio
Nabucodonosor invadiu o antigo reino de Judá (ao sul de Israel). O monarca
arrasou Jerusalém e mandou parte de seus habitantes para a Babilônia, na
Mesopotâmia (hoje Iraque).Passados apenas cinquenta
nãos 50 anos, em 538 a.C., o rei persa Ciro permitiu a volta dos judeus
a Jerusalém e a reconstrução do templo, porém, muitos dos judeus preferiram
ficar na Babilônia, que permaneceu como um centro da cultura judaica por 1,5
mil anos.
Próximo ao nascimento
de Jesus Cristo, em 63 a.C., uma nova reviravolta ocorre no mundo judaico, o
general Pompeu invadiu a Judeia e a transformou em província do Império Romano.
Terminava assim o reino dos Hasmoneus - o último país judeu independente que
existiu até a criação do Israel moderno, em 1948.A região ficou
novamente em “pé de guerra” e a tensão culminou com uma rebelião. Em 70 dC, o
general romano Tito reprimiu os revoltosos, destruiu o segundo templo e mandou
os judeus a uma nova diáspora, que alcançou a Ásia, a Europa e o norte da
África. Nessa segunda diáspora as coisas pioraram para os judeus que ao contrário
dos anos na Babilônia, o exílio nos domínios romanos marcou o início das
perseguições. O império romano não tolerava o culto judaico a um Deus único nem
costumes como o shabat, e a situação piorou com a conversão do imperador
Constantino ao cristianismo, no século IV.
Ao final do s´[éculo XIX,
um movimento nacionalista judaica, sionismo foi responsável pela criação do
estado moderno de Israel como a pátria judaica. Embora geralmente atribuída a
Theodor Herzl e outros grupos, o sionismo remonta ao início da diáspora judaica,
o Exílio babilônico do século VI dC. Os ingleses tinham um papel que era o de
criar esse "lar nacional" para os judeus, que vinham sofrendo
perseguições e violências em todo o mundo, mas sem violar os direitos dos
palestinos árabes que já viviam ali. Devido a simpatia inglesa, na década de
1920, ocorreu uma grande migração de judeus para a Palestina, a contragosto dos
povos árabes que habitavam a região.
Também no início do
século XX, ocorreu um conflito entre esses povos a partir da Primeira Guerra
Mundial, quando se deu o fim do Império Otomano, e a Palestina, que fazia
parte dele, passou a ser administrada pela Inglaterra. Na época a região
possuía 27 mil quilômetros quadrados e abrigava uma população árabe de um
milhão de pessoas, enquanto os habitantes judeus não ultrapassavam 100 mil.
A partir de 1933, com a ascensão do nazismo na Alemanha e o aumento das perseguições contra os judeus na Europa, a migração judaica para a região cresceu de forma demasiadamente vertiginosamente. Os palestinos, por sua vez, resistiram a essa ocupação e os conflitos se agravaram.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, ocorreu o Holocausto, que levou ao extermínio de 6
milhões de judeus, e a crescente demanda internacional pela criação de um
estado israelense fez com que a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovasse,
em 1947, um plano de partilha da Palestina em dois Estados: um judeu, ocupando
57% da área, e outro palestino (árabe), com o restante das terras. É óbvio que
essa partilha, desigual em relação à ocupação histórica, desagradou os países
árabes em geral e os palestinos foram os mais prejudicados.
Para
piorar a situação, no ano de 1948, os ingleses finalmente saíram da região e os judeus fundaram, em 14 de maio, o
Estado de Israel. No dia seguinte, insatisfeitos com a partilha, os árabes(Egito,
Síria, Jordânia, Arábia Saudita e Líbano invadiram o recém-criado estado judeu)
declaram guerra à nova nação, mas acabaram derrotados. Com isso, Israel aumentou
seu território para 75% das antigas terras palestinas: o restante foi anexado
pela Transjordânia (a parte chamada Cisjordânia) e pelo Egito (a faixa de Gaza)
Em consequência disso, muitos palestinos refugiaram-se em Estados árabes
vizinhos, enquanto boa parte permaneceu sob a autoridade israelense.
Nos
anos seguintes, muitos outros conflitos se sucederam por causa de fronteiras,
sempre com vantagens para Israel e sempre sem uma solução para o problema dos
refugiados palestinos que se espalharam pelas regiões vizinhas. Apesar de
algumas tentativas de acordos e planos de paz, a situação atual ainda é de
muito impasse, principalmente pelo fato de os palestinos, liderados pelo
movimento radical islâmico Hamas, não reconhecerem o direito de existência de
Israel.
Nos
anos seguintes, muitos outros conflitos se sucederam por causa de fronteiras,
sempre com vantagens para Israel e sempre sem uma solução para o problema dos
refugiados palestinos que se espalharam pelas regiões vizinhas. Apesar de
algumas tentativas de acordos e planos de paz, a situação atual ainda é de
muito impasse, principalmente pelo fato de os palestinos, liderados pelo
movimento radical islâmico Hamas, não reconhecerem o direito de existência de
Israel.
Kléber Caverna
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